A ida da secretária de Saúde de Ribeirão Pires, Patrícia Freitas, à Câmara serviu para amenizar o tom conflituoso entre a titular do setor e alguns vereadores. Durante audiência no Legislativo, raras foram as perguntas espinhosas direcionadas a ela, numa clara mudança de comportamento dos parlamentares.

Os pontos principais da sabatina foram a ausência de respostas a requerimentos encaminhados à secretaria e contrato com empresa que faz o gerenciamento da Saúde de Ribeirão, a APGP, que está em regime emergencial e que sofreu duras críticas por parte do Legislativo. Ela respondeu às indagações e, sobre os requerimentos, garantiu que detalhou 61 solicitações endereçadas e que outras cinco serão atendidas.

A visita da chefe da Pasta de Saúde se deu após inúmeros episódios de conflito entre a secretária e o presidente da Casa, Rubão Fernandes (PSD). Para Patrícia, essa questão ficou no passado. “Não tenho problema nenhum com ele (Rubão). Foi um desentendimento, mas que já passou. Foi um momento de estresse”, comentou a secretária.

A situação entre os dois chegou ao ponto de o presidente da Câmara registrar um BO (Boletim de Ocorrência) contra Patrícia, afirmando que a chefe da Saúde o acusou de receber propina. “Não o acusei de nada”, disse a secretária.

O líder do Legislativo ainda não representou o BO e não decidiu se vai ou não faze-lo. “Ainda tem coisas para serem pontuadas (sobre a secretaria). Hoje (ontem), ela mostrou que é competente para assumir a Pasta. Deu uma esplanada legal para a população”, afirmou o presidente sobre a sabatina.

Outros assuntos, como tomógrafo que não é utilizado, falta de médicos e ausência de medicamentos, foram abordados pelos vereadores.

Para a sessão do dia 21 de setembro ficou convocado o secretário de Comunicação, João Mancuso (PSB).