As forças terrestres e aéreas indianas anunciaram que intensificarao sua ofensiva contra os guerrilheiros pro-paquistaneses entrincheirados nas montanhas da Cachemira indiana.

Os combates - os mais importantes na Cachemira desde a guerra indopaquistanesa de 1971 - continuaram, enquanto o Paquistao, potência nuclear como seu vizinho indiano, advertiu que nao vacilará em utilizar todo seu arsenal para defender sua integridade territorial.

``Temos uma situaçao comparável à guerra, é uma espécie de invasao, uma agressao, uma tentativa de modificar a fronteira e de ocupar territórios', declarou o primeiro-ministro nacionalista hindu, Atal Behari Vajpayee. Vajpayee aceitou, contudo, uma proposta de seu colega paquistanês Nawaz Sharif de enviar a Nova Délhi seu ministro de Relaçoes Exteriores para tentar reduzir a tensao. A data da visita ainda vai ser marcada nesta segunda.

A India reiterou, contudo, que nem por isso suspenderá sua ofensiva, que vai continuar até conseguir ``a volta à situaçao de antes', com a retirada de todos os guerrilheiros infiltrados. A aviaçao indiana, em açao pelo sexto dia na regiao de Kargil, perto da ``linha de controle' que separa os dois países, mobilizou avioes Mirage 2000, além de Mig 27, Mig 21 e helicópteros de ataque MI-17, informou uma fonte militar.

Por sua parte, as forças terrestres indianas atacaram nesta segunda com artilharia as posiçoes dos guerrilheiros na alta montanha de Kargil.

Os militares indianos afirmaram neste domingo que em alguns pontos havia combates corpo a corpo e que os guerrilheiros, infiltrados até oito quilômetros em território indiano, recuaram até perto da linha de controle.

India e Paquistao se enfrentaram em três guerras desde sua independência em 1947, duas delas por causa da Cachemira, regiao de maioria muçulmana, que tem dois terços sob controle indiano e o restante sob controle de Islamabad.