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Passageiros ainda relatam insegurança

Duas semanas após assaltos, usuários continuam com medo de assaltos; muro foi erguido

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
12/10/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 Pouco mais que duas semanas após onda de assaltos na estação Utinga da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), em Santo André, passageiros da Linha 10-Turquesa não notaram mudanças na segurança do espaço. Segundo eles, o trajeto até Rio Grande da Serra ainda concentra poucos agentes, principalmente na estação problemática. A linha transporta cerca de 300 mil usuários por dia.

Para a diarista de Ribeirão Pires Sueli da Silva, 58 anos, que utiliza o transporte diariamente, o medo dentro do vagão e na estação ainda continua. “Precisa de muito mais Segurança, principalmente para as mulheres. Eu fico com muito medo, principalmente quando está cheio.”

Expedito Felício Mendonça, 68, mora em Mauá e desembarca todos os dias em Utinga, onde trabalha na área de limpeza de uma universidade. Ele chamou a atenção para muro construído ao lado do acesso pela Avenida da Paz, “Antes, ficava aberto direto para um terreno baldio e o pessoal usava para fugir. Já presenciei um cara tentando levar a bolsa de uma mulher com uma faca. Ele só fugiu pelo terreno porque teve medo do pessoal que se aglomerou.”

“Eu não tenho visto nada de diferente, desde o tiroteio, que foi no horário que eu costumo pegar o trem. Dentro da estação tem os vigilantes, mas a gente não se sente seguro em nenhum lugar”, afirmou o porteiro Adão Dias Morgado, 50, morador de São Paulo.

Questionada sobre as reclamações, a CPTM afirmou que dados sobre ações da Segurança e efetivos em cada estação são estratégicos. Por isso não foram informados. “Diariamente, as equipes de Segurança atuam uniformizadas ou descaracterizadas (sem uniforme), promovendo rondas nos trens e estações para garantir a segurança dos usuários e do patrimônio da empresa, no limite das dependências da companhia. Dados sobre ocorrências devem ser obtidos com a autoridade policial, responsável pelas investigações”, disse em nota.

A CPTM afirmou que reforçou a segurança na estação Utinga e que as imagens dos criminosos estão em poder da Polícia Civil.

Em relação à estrutura física, a companhia afirmou que tem como meta vedar toda a faixa ferroviária. “Por isso, foi construído novo muro na Estação Utinga”, concluiu.

 




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