Internacional Titulo
Conferência sobre armas biológicas começa em Genebra
Da AFP
11/11/2002 | 09:58
Compartilhar notícia


Os 146 países que assinaram a Convenção da ONU proibindo armas biológicas iniciaram nesta segunda-feira uma reunião para tentar resolver o impasse em que se encontram as negociações destinadas a fortalecer esse acordo, que foi firmado em 1972.

Essa nova sessão da Conferência de Exame da Convenção foi inaugurada no Palácio das Nações pelo presidente do encontro, o embaixador húngaro Tibor Toth. Ele propôs aos países membros um projeto de declaração que prevê novas reuniões anuais para examinar em especial as medidas nacionais de controle dos arsenais biológicos, antes da nova sessão ordinária da conferência prevista para 2006.

Mas este texto não visa de maneira explícita adotar um sistema de verificação internacional e obrigatória, o que faz falta, apesar dos sete anos de negociações. A sessão foi suspensa pouco depois para que os representantes dos países membros pudessem se comunicar com suas respectivas capitais, antes de voltar a se reunir amanhã à tarde. O projeto deve ser adotado por consenso.

Há um ano, a Conferência adiou seus trabalhos em Genebra sem decidir medidas de coação, pois os Estados Unidos se opuseram a qualquer inspeção obrigatória e independente de seus laboratórios de biotecnologia.

Washington explicou sua posição ao acusar seis países que assinaram a Convenção (Coréia do Norte, Iraque, Irã, Líbia, Sudão, Síria) de continuar com a produção de armas biológicas. A Convenção proíbe a fabricação e armazenamento de tais armas.

Especialistas e organizações não-governamentais enfatizam que a adoção de um sistema de verificação com credibilidade é uma necessidade devido aos progressos rápidos da biotecnologia e o ressurgimento das ameaças bacteriológicas, assim como pelos ataques com antraz nos Estados Unidos e as atuais acusações em relação ao Iraque.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;