O PT de Diadema avançou ontem discussão para formalizar chapa pura na disputa ao comando do Paço na eleição de outubro, em projeto encabeçado pelo vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, com a ex-parlamentar Irene dos Santos de vice. A aliança caseira obedece vontade da maioria do diretório petista. A indicação de Irene foi a única registrada oficialmente na executiva do partido, conforme prazo estabelecido.

Paralelamente ao avanço de Irene à vaga, o PT iniciou plano para fortalecer o PTB em seu arco de aliados e não perder adesão para o processo eleitoral. A legenda petebista postulava indicação desde o ano passado, quando anunciou apoio ao projeto do petismo, mas perdeu forças ao não conseguir apresentar quadro. A meta dos petistas é concentrar esforços pela vitória Ulisses de Queiroz (PTB) na busca por cadeira no Legislativo.

Presidente diretório petista em Diadema, o ex-prefeito Mário Reali anunciou reunião na segunda-feira para avançar definição. “O que tivemos hoje (ontem) foi apenas o nome da Irene colocado como vice. Esta já é uma vontade da maioria dos militantes. Porém, existem alas que não se manifestaram. E para este processo precisamos de consenso. A relação com o PTB é boa e de proximidade. Não queremos perder nenhum apoio”, comentou.

A indicação da ex-parlamentar passou a ser defendida nas últimas semanas por blocos internos. Ela, inicialmente, era contra o projeto, mas aceitou rever posição. Um dos defensores ao nome da ex-parlamentar é o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT).

Presidente do PTB local, Edivaldo Lubeck revelou estranheza com postura do PT e que espera respaldo da executiva estadual. Admitiu que não sabia de prazo para registrar nome para vice. “Quando assumi o diretório já estava apalavrado este elo para eleição. Não estou entendendo resistência dos petistas. O deputado Campos (Machado, presidente do PTB paulista) ainda está dialogando.”

Conselho aciona promotoria para questionar obras de Lauro Michels

O Ministério Público analisa representação contra o governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), elaborado pelo Comdema (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente), questionando investimento em obras na cidade com recursos da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Documento encaminhado à promotora de Meio Ambiente, Cecília Maria Denser de Sá, cita que relatório técnico apresentado pelo governo Lauro aponta pacote de R$ 74 milhões em serviços também fora do saneamento ambiental ou básico.

Em 2013, o verde vendeu a Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema) – instituída nos de 1990 – à Sabesp após registrar passivo de R$ 1,2 bilhão. No contrato assinado envolvendo as duas autarquias ficou estabelecido, além da quitação total do débito, investimento em coleta e tratamento de esgoto e reformulação das tubulações de água. A Sabesp se comprometeu a investir, de imediato, R$ 95 milhões.

“O desvio de finalidade está claro. Não tem nenhuma obra da Sabesp que justifique a troca do asfalto, a troca das calçadas”. atacou um dos conselheiros do Comdema Francisco Assis Cardoso.

“As obras estão sendo realizadas de acordo com o contrato firmado entre a Prefeitura e a Sabesp. Oportunamente serão respondidos os questionamentos ao MP”, informou o governo Lauro. (LB)