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O Brasil está em último plano
Beto Silva
26/04/2016 | 07:00
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Levantamento feito pela Folha de S.Paulo mostra que, até o momento, apenas 39 dos 81 senadores são favoráveis à saída definitiva da presidente Dilma Rousseff (PT). Para que ela seja impichada são necessários 54 votos na Casa. Antes, porém, os congressistas devem apreciar relatório da comissão especial. Para afastá-la temporariamente, por até 180 dias, são necessárias 41 adesões, em sessão que deve ocorrer dia 12 de maio. A resistência ao impeachment tem animado alguns setores do PT e do PCdoB, além de simpatizantes da manutenção da petista no Palácio do Planalto. Mas aqui vai um aviso: não se animem. O problema está justamente no pós-afastamento temporário, em que o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), será empossado como chefe da Nação. Com a caneta em mãos e dando as cartas no jogo político, não será tarefa das mais difíceis convencer os senadores a manter Dilma fora do tabuleiro. Afinal, o grupo de Temer conhece bem os meandros do Congresso e sabe o caminho da persuasão. O Brasil não precisa melhorar economicamente ou a situação política, hoje desestabilizada, tem de estar mais sólida para que os senadores avaliem que a queda de Dilma seja a melhor decisão. O critério será pessoal. Se as condições com Temer estiverem mais favoráveis, com mais espaço no governo, com melhores possibilidades de serem reeleitos e elegerem seus aliados em suas bases, ficarão com ele. Caso contrário, ficarão com ela. O que será melhor para o País estará longe de ser decisivo na hora do voto. O Brasil está em último plano.

Bastidores

Cutucada

No Fórum Brasileiro de Mobilidade Urbana, ontem, em São Caetano, o deputado federal Herculano Passos (PSD-SP), presidente da Frente Parlamentar Mista de Mobilidade Urbana, aproveitou a oportunidade para dar uma alfinetada na presidente Dilma Rousseff (PT). Durante discurso em que abordava a questão da integração de modais, disse: “Até a presidente Dilma anda de bicicleta todos os dias. Sabemos que ela vai ser afastada, mas ela vai continuar andando de bicicleta ali em Brasília”.

Crítica

Ex-vereador e ex-vice-prefeito de Mauá, Paulo Eugenio Pereira Junior (PT) publicou nas redes sociais uma crítica ao governo Donisete Braga (PT). A recém-nomeada Sheila Serpa é quarta secretária de Saúde em menos de quatro anos de gestão e, segundo o ex-parlamentar, ela deveria estar desde o início da gestão. O setor começou com Lumena Furtado (foi para Ministério da Saúde), teve Célia Bortoletto (pediu exoneração) e ainda Luis Toffani (também se desligou). O prefeito não gostou muito da análise, apesar de ultimamente ter boa relação com Paulo Eugenio, que foi titular da Pasta na administração anterior, de Oswaldo Dias (PT).

De saída?
O ex-prefeito de São Bernardo e ex-deputado federal William Dib mantém-se no PSDB, apesar dos rumores de que deixará a legenda. Segundo algumas pessoas próximas ao ex-parlamentar, o destino pode ser o PSB, sigla da qual já foi filiado. Os socialistas estão no arco de alianças do pré-candidato ao Paço Alex Manente (PPS) e estão na luta para indicação do vice da chapa popular-socialista. Apesar da movimentação, aliados do ex-prefeito dizem que ele não vai figurar nas urnas em outubro.

Assalto
O escritório político do deputado estadual Atila Jacomussi (PSB), localizado na Vila Guarani, em Mauá, foi assaltado na madrugada de ontem. Segundo a equipe do socialista, apenas um notebook foi levado pelos ladrões. A polícia ainda não tem pistas dos autores do crime. 




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