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Profissão: escolha que requer atenção
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
12/07/2010 | 07:16
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Escolher uma profissão não é tarefa fácil, ainda mais com o extenso número de graduações existentes no País. Para se ter uma ideia, somadas todas as opções, é possível encontrar mais de 25.3 mil cursos, nas 2.252 instituições de ensino, segundo o Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios).

Dentre tantas carreiras, o estudante precisa, em primeiro lugar, relacionar as coisas que mais gosta de fazer. "É natural que o jovem tenha incertezas, afinal, é um período de transição. Por isso, a regra é listar as habilidades e relacionar com alguns cursos", indica a gerente de treinamento do núcleo, Carmen Alonso.

Depois disso, o estudante pode conhecer as profissões que acredita ter afinidade. Conversar com os pais, os familiares e amigos que exerçam diferentes funções ajuda a pessoa a saber quais as áreas que pode atuar e como é o dia a dia desse ou daquele profissional.

Nesse caso, uma dica importante é acessar sites de faculdades/universidades e procurar saber qual a grade curricular dos cursos. "Não adianta o jovem querer fazer administração se não gostar de contabilidade, por exemplo. Isso acaba atrapalhando o desenvolvimento profissional", comenta Carmen.

O estágio também é grande aliado. É a possibilidade que o aluno tem de vivenciar, na prática, a função que pensa em exercer. "Mesmo durante a faculdade, fazer estágio acaba auxiliando o universitário no momento de decidir qual a atividade, dentro da carreira, que mais gosta de seguir", argumenta a gerente de treinamento.

PAIS - Quando a profissão do pai ou da mãe é vista como modelo, deve-se diferenciar os interesses da admiração.

Segundo a profissional, os pais devem auxiliar os filhos nesse momento da vida, mas não podem decidir por eles.

Quando o estudante expressar vontade de seguir a carreira dos pais, é o momento de uma boa conversa. "Não há nada de errado com isso, desde que seja a opção do jovem, e não pressão. Afinal de contas, o bom profissional precisa ter paixão pelo que faz, só assim, terá destaque no mercado de trabalho".

MODISMO - O modismo tende a ser perigoso se isso não for de fato algo com o qual a pessoa se identifica. Nem sempre as profissões mais conhecidas hoje podem estar em evidência no fim da graduação. Um exemplo real é o curso para formar analista de sistemas. Segundo Carmen Alonso, do Nube, é uma função que está desaparecendo no mercado. "Nessa hora o bom-senso precisa prevalecer. O estudante precisa pensar em três coisas: o que ama fazer; qual a realidade da carreira escolhida no mercado de trabalho e o retorno financeiro. Balançar e equilibrar esses itens são essenciais para fazer boa escolha", detalha.

Para as profissões saturadas e com alta competitividade, fica a dica: "Deve-se seguir o ramo que se tem maior afinidade e realmente goste, mesmo contando com as possíveis dificuldades para ingressar no mercado", aconselha a analista de RH do Cedep (Centro de Desenvolvimento Profissional) Anessa Trassi.

OPÇÃO - Como cursar graduação não sai barato, a opção de muitos estudantes é o curso de tecnólogo, que forma profissionais em diversas áreas. "Como duram, em média, de dois a três anos, e necessitam de um investimento financeiro menor, são vistos como uma porta de entrada ao novo profissional", conta Carmen.

O próximo passo desses jovens é investir, logo em seguido, numa pós-graduação no segmento que mais têm aptidão. "Nesse momento, o profissional já vivênciou a carreira e tem mais clareza para se aprofundar no que realmente sabe e quer fazer", esclarece a gerente do Nube.




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