A CUT (Central Única dos Trabalhadores), CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores) e a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos ) assinaram ontem um protocolo onde apontam uma série de medidas para estimular a retomada de investimentos e manter empregos e salários durante o início deste ano.
A ideia da agenda positiva anti-crise é reduzir o peso de impostos pagos como PIS/Cofins, IPI, ICMS para desengavetar projetos empresariais postergados desde o fim do ano passado em razão da crise financeira internacional. Há também propostas a serem sugeridas ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O acordo proposto seria temporário, com duração de três a quatro meses, e durante esse período as empresas garantiriam o emprego e o salário dos trabalhadores.
O presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, apontou o protocolo como necessário para estimular a retomada de investimetnos produtivos em todos os setores e preservar a atividade produtiva.
Os presidentes da CNM/CUT, Carlos Alberto Grana, Artur Henrique da Silva Santos, da CUT e o da Abimaq afirmaram que exigem compromisso e responsabilidade social dos governos estaduais, ao estabelecer ações para enfrentar a crise. "Trata-se apenas de um ajuste de fluxo de caixa, pois é fundamental para o setor promover uma redução de preços para promover a liquidez no setor. É uma questão de inteligência", diz Grana.
Durante a coletiva de imprensa, o presidente da CNM/CUT destacou que a grande novidade neste acordo é a chance de participação efetiva dos governos estaduais, somada à do Governo Federal e BNDES, desonerando impostos como o PIS, Cofins, IPI e ICMS. "Não é uma renúncia fiscal, mas uma desoneração temporária", disse Grana, se referindo à proposta de antecipação de créditos do ICMS.
De setembro até agora o setor de máquinas já registrou uma queda média de 35%. O presidente da Abimaq afirma que entre novembro e dezembro 8.300 postos de trabalho foram perdidos. "Nos últimos cinco anos registramos crescimento continuo e chegamos a 50 mil postos", aponta.
SETOR CRÍTICO - Grana afirma que a CUT é contra a redução de jornada de trabalho e salários. "A redução de jornada de trabalho e de salários é o pior caminho. Agora temos que estudar caso a caso. O papel do sindicato é encontrar outro caminho, mas sendo democrático. No limite, a obrigação do sindicato é ouvir os trabalhadores", diz.
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