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CUT evita eleições em São Bernardo
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
02/05/2008 | 07:05
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A festa da CUT (Central Única dos Trabalhadores) foi reforçada pela presença dos principais nomes do PT da região. Contudo, dirigentes sindicais e políticos preferiram manter o discurso sobre a redução da jornada, que era o tema das festas de todas as centrais, e evitar ao máximo ligar o evento às eleições municipais.

O principal nome da noite foi o de Luiz Marinho, ministro da Previdência Social e pré-candidato a prefeito de São Bernardo. Apesar dos cumprimentos ao público, o ex-presidente da CUT manteve a postura de representante do governo federal e integrante do movimento dos trabalhadores.

“Eu avalio que a economia pode suportar a redução da jornada sem diminuição de salários”, discursou, enquanto relembrava os 30 anos da greve da Scania e os 25 anos da fundação da CUT.

E foi esse tom histórico que fez parte de todos os discursos dos participantes da festa de 1º de Maio em São Bernardo, que reuniu 15 mil pessoas.

O prefeito de Santo André, João Avamileno, foi um dos que resgataram as greves do final dos anos 1970 e começo dos anos 1980 para lembrar dos avanços nos direitos da classe trabalhadora e da democracia do País. No entanto, em nenhum momento citou as eleições municipais deste ano.

Também estavam presentes o deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Santo André Vanderlei Siraque, o prefeito de Diadema José de Filippi Júnior, o deputado estadual e pré-candidato a Prefeitura de Diadema Mário Reali, o deputado federal Vicente Paulo da Silva (Vicentinho), pré-candidato a Prefeitura de Mauá Oswaldo Dias, deputado estadual Donizete Braga, além de vereadores de diversas cidades.

Comemoração - A campanha da redução da jornada de trabalho foi lembrada por todos os dirigentes sindicais que passaram pelo evento. Em discurso, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo, lembrou que a mudança para as 44 horas semanais – incluída na Constituição de 1988 – só ocorreu após 50 anos.

“Agora é a hora de as empresas repartirem o lucro e os ganhos de produção dos últimos anos, Por isso, depois de 20 anos, estamos reivindicando a redução para 40 horas”, disse o dirigente.

Para o presidente da CUT, Artur Henrique, a campanha da redução da jornada vem em bom momento. “Estamos em um período positivo para ampliar as conquistas, principalmente pelo crescimento da economia.”

O presidente da CUT-SP, Edílson de Paula, é otimista. “Quero chegar no 1º de maio do ano que vem com essa conquista”, declarou.




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