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Equador busca reconhecimento
Thiago Varella
Especial para o Diário
05/02/2006 | 08:16
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O futebol equatoriano ainda busca reconhecimento internacional. Apenas em meados da década de 80, o futebol começou a se popularizar no Equador. A falta de tradição é tamanha que a seleção nunca conseguiu ficar nas três primeiras posições em uma Copa América.

A primeira liga organizada só surgiu em 1957 e a seleção nacional saiu da América do Sul para jogar uma partida internacional pela primeira vez em 1970.

Entretanto, a chegada do técnico iugoslavo Dussan Drakovic, em 1988, mudou o futebol no país. A melhor geração de jogadores surgiu com ele. Antes, o único ídolo do esporte no Equador era o atacante Alberto Spencer, que fez sua carreira no Peñarol do Uruguai.

Em 1993, o Equador conseguiu a melhor colocação até hoje em uma Copa América, o quarto lugar. E em 2002, participou pela primeira vez de uma Copa do Mundo, quando foi eliminado ainda na primeira fase.

Quem jogou as duas competições pela seleção equatoriana foi o meia Alex Aguinaga. Capitão do time, é considerado jogador-símbolo desta época de ouro do futebol equatoriano. O camisa dez veio ao Brasil no ano passado disputar a Libertadores quando jogava pela LDU. O ponto alto de sua carreira, porém, foi no Necaxa do México, quando chegou a disputar o Mundial de Clubes da Fifa no ano 2000.

Equipes - São raras as vezes em que um time brasileiro não enfrenta um equatoriano pela Taça Libertadores da América. Por isso, o nome de algumas equipes do Equador não soam estranhos para nós.

Barcelona, Emelec, LDU e El Nacional são os clubes mais tradicionais deste país sul-americano. A maior rivalidade é entre os dois times de Guayaquil, Barcelona e Emelec. O dérbi é chamado de clássico do estaleiro por causa do porto que há em Guayaquil. O Barcelona, time fundado por imigrantes da Catalunha, é considerado o time do povo enquanto o Emelec é mais próximo das elites.

O Barcelona tem maior tradição. Além de ter maior quantidade de títulos do Campeonato Equatoriano (13), o clube já chegou a duas finais de Libertadores. Em 1990 perdeu para o Olímpia do Paraguai e em 1998, para o Vasco da Gama. É o time equatoriano que chegou mais perto de um título. Entretanto, o Barcelona amarga nove anos de fila, a maior espera entre os quatro grandes do país.

Já o Emelec – sigla que significa Empresa Elétrica do Equador – tem dez títulos nacionais e nunca conseguiu ter êxito na Libertadores.

A paixão dos moradores de Guayaquil pelo futebol tem um motivo. Os responsáveis pela chegada do futebol no Equador, os irmãos Juan Alfredo e Roberto Wright, levaram a primeira bola ao Club Deportivo Guayaquil, o primeiro clube de futebol do país, em 1899.

A capital do Equador, Quito, também tem seu clássico. É entre a Liga Deportiva Universitária e o El Nacional. As equipes foram as duas últimas campeãs nacionais, dominam o campeonato ultimamente e representam o país na Libertadores deste ano. O El Nacional, inclusive, irá enfrentar o Paulista de Jundiaí na primeira fase. O Deportivo Cuenca participou da Pré-Libertadores e foi eliminado pelo Goiás.




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