Setecidades Titulo Combate a pandemia
Doria flexibiliza quarentena na Capital, mas veta medida ao Grande ABC

Retomada gradual das atividades será entre 1º e 15 de junho

Aline Melo
Do Diário do grande Abc
27/05/2020 | 12:03
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Claudinei Plaza/DGABC


 O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou na manhã de hoje os detalhes da chamada retomada consciente das atividades econômicas. Iniciada em 24 de março em todo o Estado, a quarentena determinou o fechamento de comércios e serviços não essenciais para reduzir o fluxo de pessoas e conter a propagação do novo coronavírus, que já infectou 5.823 pessoas no Grande ABC e ocasionou 512 mortes. 

Em cinco etapas, está prevista a retomada gradual das atividades entre os dias 1 e 15 de junho. Doria destacou que como tem sido desde o início da pandemia, todas as decisões serão baseadas em evidências científicas e sob orientação do comitê de combate à Covid-19 e que o nível de reabertura vai depender da redução dos casos nas cidades, da disponibilidade de leitos públicos e privados, do nível de isolamento físico e do uso obrigatório de máscaras. "Se for necessário voltar atrás e corrigjir medidas, para preservar a vida, não exitaremos", pontuou o governador. Embora com uma ocupação média de 60% a 80% dos leitos de UTI (unidade de terapia intensiva), o Grande ABC não está incluído entre as regiões que poderão começar a flexibilizar as medidas de restrição no comércio e nos serviços na primeira quinzena de junho.

O coordenador do comitê de contingenciamento da Covid-19 no Estado, Dimas Covas, afirmou que os estudos do comitê indicam que as medidas adotadas até agora pelo governo do Estado evitaram mais de 860 mil casos de contaminação e 65 mil vidas, na comparação com as projeções feitas no ínicio da pandemia e os dados apurados até o momento. O Estado tem 86.017 pacientes infectados e 6.423 mortes. Sem as medidas, as projeções estimavam 950 mil casos e 71,4 mil óbitos.

As etapas para retomada foram apresentadas pela secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Eller, e pela coordenadora do conselho econômico do Estado, Ana Paula Abraão. Em uma escala de 1 a 5, em que um é identificado como fase vemelha, 2 laranja, 3 amarela, 4 verde e 5 azul, foram elencadas e priorizadas as atividades econômicas levando em conta a vulnerabilidade econômica e a empregabilidade dos setores. Atualmente, a região metropollitana de São Paulo, incluindo o Grande ABC, todo o Litoral do Estado e a região de Registro estão na fase 1, onde vigora o nível máximo de restrição. A Capital já está, segundo o governo, na fase 2, ode alguns serviços como concessionárias e atividades imobiliárias funcionam com restrições (como mostra mapa abaixo).

Ana Paula explicou que as medidas de contenção da fase 2 em diante seguirão critérios determinados pelas prefeituras, seguindo sempre protocolos de higiene e mantendo como obrigatório o uso de máscaras e evitando aglomerações e circulação desnecessária de pessoas. Para passar de uma fase para outra, a região e/ou município deverá estar há 14 dias na fase atual e apresentar há sete dias indicadores de saúde estáveis, como número de novos casos e disponibilidade de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para tratamento da Covid-19. Será prerrogativa do Estado determinar que determinada região retroceda de fase, caso os indicadores de saúde não estejam dentro do protocolo determinado. Os municípios que já estiveram nas fases 2, 3 e 4 poderão flexibilizar determinados setores (conforme arte).

SAÚDE

O secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann, detalhou que desde o início do enfrentamento à pandemia o Estado duplicou o número de leitos de UTI, de 3.600 para 7.200, inaugurou sete novos hospitais, entre unidades de campanha e permanentes; autorizou a contratação de 6.300 profissionais de saúde; adquiriu 3,3 milhões de testes (entre testes rápidos, PCR e sorologia) e recebeu 600 novos respiradores.

Confira o material divulgado pelo Centro de Contingência:




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