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Casos de dengue diminuem 63,70% no Grande ABC
William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
27/12/2008 | 07:01
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As prefeituras dos sete municípios do Grande ABC esperam manter em queda a quantidade de pessoas infectadas pela dengue. De 2007 para 2008, houve redução de 63,70% nos casos registrados.

Em 2007, 259 moradores de seis dos sete municípios foram picados pelo Aedes aegypti e contraíram a doença (Rio Grande da Serra foi a exceção). Até esta semana, o número de contaminados com o vírus era de 94 pessoas, pouco mais do que a metade do ano anterior.

Entre os casos autóctones (contraídos no município onde a pessoa mora), a redução foi ainda maior. Em 2008, apenas três moradores do Grande ABC contraíram a doença nas cidades onde vivem - Santo André, São Bernardo e Diadema. No ano anterior, 54 pessoas foram contaminadas com a doença.

Os números de casos autóctones em 2007 foram alavancados pelo surto ocorrido em Diadema. A cidade registrou no ano passado 46 pessoas que contraíram a doença no próprio município. Foram 85 no total, incluindo aqueles em que a pessoa vive na cidade, mas foi contaminada em outro local. Abril foi o mês crítico, com 42 registros.

Em 2008, Diadema teve 16 casos da doença, mas apenas um adquirido na própria cidade. O responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses do município preferiu não comentar a queda nos números. A Prefeitura informou, apenas, que entre as medidas de prevenção estão ações de rotina, como arrastões de limpeza e vistorias em locais propícios à criação do mosquito.

As demais cidades da região também têm adotado ações para combater os focos de dengue. A maioria aponta atividades ao longo de todo ano como fundamentais.

O índice de Breteau, utilizado para medir o nível de infestação larvária, segue dentro dos parâmetros de segurança em praticamente todos os municípios durante todo este ano - Diadema foi a exceção, com um 1,5 ponto acima do aceitável em fevereiro, embora tenha retornado para zero em outubro, na última aferição.

Fora Ribeirão Pires, que registrou apenas um caso em 2008, Mauá é a cidade que apresenta a menor relação entre número de habitantes por infectados pelo mosquito: um caso a cada 80.529 moradores. Na outra ponta está São Caetano, com um caso para cada 16.095 habitantes. Santo André tem 20.239 para cada caso e São Bernardo, 26.046.

Maior inimigo de quem combate a dengue, o mosquito Aedes aegypti (odioso do Egito, em latim) prolifera entre 24°C e 28°C. Depois do surgimento, a expectativa é de que vivam entre 30 e 40 dias.

Apenas as fêmeas transmitem a dengue, pois são as únicas que picam em busca de sangue - os machos preferem vegetais. O ataque se dá invariavelmente durante o dia, o que torna o mosquito diferente do pernilongo, que atua também durante a noite.




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