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Saúde domiciliar terá sede e nova estrutura

Em Ribeirão Pires, programa Melhor em Casa ganhará carro próprio para atender pacientes

Bia Moço
Especial para o Diário
15/01/2018 | 08:26
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Nario Barbosa/DGABC


Pacientes que estão acamados em Ribeirão Pires terão novo modelo de atendimento domiciliar. Isso porque a Prefeitura estruturou o programa Melhor em Casa, que, por meio do governo federal – que repassa mensalmente ao município R$ 50 mil –, realiza atendimento e acompanhamento da saúde de moradores em casa. A sede do programa será inaugurada hoje, às 15h, na Avenida Santo André, 7, Centro Alto, e, junto dela, a administração entregará um carro (Chevrolet Spin) que será utilizado pelos profissionais para o trabalho.

Na região, ao menos quatro cidades realizam atendimento domiciliar. No total, 2.000 pacientes são beneficiados pelas iniciativas em Santo André, São Caetano, Mauá e Ribeirão Pires.

Em Ribeirão, o programa existe há pelo menos três anos, mas a formalização foi efetivada pela Prefeitura no início de 2017, com a apresentação de projeto ao Ministério da Saúde e adesão ao Melhor em Casa. A equipe multidisciplinar, que é formada por enfermeiro, fisioterapeuta, dois médicos e técnico de enfermagem, terá espaço próprio para o trabalho para que possa realizar relatórios e preparar o atendimento. Atualmente, 130 pacientes da rede municipal de Saúde da cidade estão cadastrados.

A equipe multidisciplinar é responsável por visitar os pacientes e fazer avaliação do quadro clínico de cada um. O tempo de tratamento varia de acordo com as condições do morador e sua evolução à terapia. Caso necessário, especialista é enviado para complementar o atendimento.

Joaquim Pereira dos Santos, 88 anos, recebeu assistência em casa por sete dias (encerrados na sexta-feira). Em visita à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Luzia – levado pela neta –, ele foi diagnosticado com infecções no sangue e no pulmão e recebeu prescrição de medicamento, que deveria ser aplicado por enfermeira. Diante do cenário, e dos agravantes de que o paciente sofre com problemas no coração, nos rins e, recentemente, teve um AVC (Acidente Vascular Cerebral), a Secretaria de Saúde e Higiene do município o inseriu no Melhor em Casa.

A filha do idoso, conhecido por seo Joaquim, afirma estar satisfeita com o atendimento prestado pela equipe multidisciplinar da rede básica de Saúde. A aposentada Lúcia Almeida Santos Yokomizo, 56, cuida do pai desde que ele adoeceu – em agosto de 2015 –, com a ajuda dos três irmãos. “Muita gente reclama do atendimento público, mas nossa família só tem o que elogiar. Os convênios médicos para idosos, ainda mais na situação dele, que já está praticamente em estado vegetativo, são muito caros. Tentamos dividir entre a família o valor e nem assim dava para pagar. Ter uma enfermeira cuidando dele em casa é maravilhoso.” 

Região tem 2.000 pessoas internadas em casa

Ao menos quatro cidades da região possuem atendimento domiciliar na área da Saúde. No geral, 2.000 pacientes de Santo André, São Caetano, Mauá e Ribeirão Pires são beneficiados. O SAD (Serviço de Atenção Domiciliar), que é conhecido como PID (Programa de Internação Domiciliar), tem como objetivo fazer o atendimento de moradores que apresentam restrições para irem até uma UBS (Unidade Básica de Saúde).

Em Santo André, por exemplo, atualmente os programas PID e POD (Programa de Oxigenoterapia Domiciliar) contam com 599 pacientes. Já em São Bernardo são aproximadamente 330 acamados beneficiados com a visita de médicos e enfermeiros.

A Prefeitura de Mauá informou que, a partir de processo de reorganização da rede de Saúde, foi possível realizar a desospitalização de pacientes internados no Hospital Nardini e também na Santa Casa de Mauá. A medida garantiu a redução do período de permanência dos pacientes internados e, consequentemente, a queda do risco de infecções hospitalares. A cidade conta com uma base para equipe do programa na Rua Luís Lacava, 229, na Vila Bocaina, e, atualmente, realiza média de 792 atendimentos ao mês. Com o POD, são 166 pacientes cadastrados.

São Caetano conta com 25 equipes de atendimento domiciliar e contempla 39 pacientes adultos (média complexidade) e 21 pacientes entre crianças e adultos de alta complexidade. As equipes cobrem 100% do território, com 60% da população cadastrada no programa.




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