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Vírus Sasser pode gerar 'pandemia', diz especialista
Da AFP
02/05/2004 | 15:45
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O especialista russo do Laboratório Kasperski, Denis Zenkin, teme uma 'pandemia' do vírus Sasser, que surgiu neste sábado, devido às características deste 'worm', cuja velocidade de propagação poderá se multiplicar nesta segunda-feira, quando a população voltará ao trabalho.

"A particularidade deste vírus, do tipo 'worm', é que, para se propagar, ele precisa apenas que o arquivo infectado esteja ativado (pelo usuário), o que torna sua propagação muito mais rápida que a dos worms clássicos", explicou Zenkin. Os computadores dos colaboradores do Laboratório foram infectados.

O ataque do vírus Sasser é o terceiro no ano, depois do Mydoom.A, em janeiro, e do Bagle.B, em fevereiro. A AFP (Agência France Press) foi vítima do Sasser, que prejudicou suas comunicações por satélite entre as 13h20min e as 18h45min de Brasília. A agência tomou uma série de medidas para interromper o ataque e oferecer aos clientes outras formas de recepção de seu material, como a Internet.

O Sasser aproveitou uma falha apontada no último dia 14 pela Microsoft em várias versões do Windows, mas teve até o momento uma propagação limitada, segundo um executivo da gigante da informática. "Parece exagerado dizer que milhões de computadores foram infectados", indicou o diretor-técnico da Microsoft France Bernard Ourghanlian.

O diretor admitiu que, após um início bastante lento de sábado, o vírus, que pode afetar um computador diretamente se ele estiver conectado à Internet, e não através do correio eletrônico, propagou-se rapidamente neste domingo.

A firma finlandesa F-Secure, especializada em segurança na Internet, alerta desde a noite de sábado para a rapidez de propagação do vírus, que, segundo a própria, já pode ter infectado milhões de computadores em todo o mundo.

"Estamos registrando vários ataques por minuto nas máquinas desprotegidas conectadas à rede para vigiar a atividade viral", destacou Ourghanlian, acrescentando que a França, como vários países do sudeste asiático, parecia especialmente afetada. "Temos esperança de que a propagação deste vírus seja limitada, graças às medidas de precaução tomadas (...) É impossível determinar a extensão do vírus ou o tamanho do prejuízo que terá causado", disse, acrescentando que "muitas empresas nunca confessam que foram infectadas".

O site da editora americana de antivírus Symantec falava em um número reduzido de computadores infectados: entre 50 e 999 ontem e entre 0 e 49 esta tarde.

A cada semana, surgem dezenas de vírus criados por hackers com o objetivo de denunciar falhas no sistemas, e por profissionais que lucram com seus ataques, revendendo, por exemplo, listas de computadores infectados a sociedades especializadas no envio de spam.




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