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Funcionários do Basa e Sudam fazem campanha contra fusao
Do Diário do Grande ABC
16/01/2000 | 17:22
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O Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, a Associaçao dos Empregados do Banco da Amazônia (Aeba) e uma comissao de funcionários da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) iniciaram neste domingo uma campanha contra a fusao das duas instituiçoes. A medida foi anunciada na quinta-feira pelo ministro da Integraçao Regional, Fernando Bezerra.

A mobilizaçao alerta para o perigo que representa a transformaçao do Basa e da Sudam em uma agência de fomento, como quer o governo federal.. A campanha conta com mensagens veiculadas nas emissoras de rádio e televisao de Belém, panfletagem nas ruas, além de visitas a políticos e empresários. Na terça-feira está marcada uma reuniao com a bancada amazônica no Congresso - cerca de 92 parlamentares - em Brasília.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários, Vera Paoloni, a fusao seria um "golpe mortal" contra o Basa. "Esta é a verdadeira intençao do governo, mas nós vamos lutar com unhas e dentes contra isso", afirma, prevendo o fechamento definitivo das 82 agências do banco no Pará. "Há oito anos o governo fechou mais de 50 agências sob a justificativa de que elas eram deficitárias. Isso foi apenas o começo do desmonte."

Para o presidente da Aeba, José Sales, a decisao de fundir o Basa com a Sudam demonstra que o ministro Fernando Bezerra "precisa conhecer melhor a Amazônia para entender melhor o funcionamento das duas instituiçoes e as importância de cada uma delas para a regiao". Sales criticou o papel das agências de desenvolvimento, afirmando que elas sao bastante limitadas em sua capacidade de promover o desenvolvimento. "Elas nao têm estruturas financeiras e operacionais necessárias para promoçao de taxas de crescimento mais elevadas..

O presidente da Federaçao das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Danilo Remor, também condena a decisao do ministro. "Nao queremos ver nossas instituiçoes transformadas em laboratórios para estudos sobre desenvolvimento. O setor produtivo da Amazônia, em especial o do Pará, nao pode ficar engessado e dependente de um escritório de fomento."




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