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Parada Gay leva cerca de 4,5 milhões à Avenida Paulista
Por Do Diário do Grande ABC
27/06/2011 | 07:26
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A 15° Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) de São Paulo atraiu multidão, mesmo com chuva. Segundo organizadores, o número de participantes chegou a 4,5 milhões. O trio elétrico levado por ONG da região foi o sexto na ordem do desfile e ficou na quinta colocação no ranking entre os 16 que se apresentaram.

"Trouxemos muita gente do Grande ABC. Estamos realizados e com sentimento de missão cumprida. Por estarmos entre os primeiros trios elétricos que desfilaram, nossa participação acabou se encerrando mais cedo, às 16h. Porém, conseguimos animar e levar nossa mensagem de luta contra o preconceito", exclamou Marcelo Gil, presidente da ONG ABCDS (Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual).

Gil lamentou, no entanto, a quinta colocação do trio elétrico. Ele contou que neste ano a entidade enfrentou dificuldades financeiras, com falta de patrocínio. "Pagamos o trio elétrio ao meio-dia e felizmente deu tudo certo. Mas esperamos que no próximo ano a gente consiga apoiadores", desabafou o presidente da ONG que gastou R$ 20 mil na produção. No trio, diversos artistas e modelos agitaram a Avenida Paulista. O último carro da parada chegou ao ponto final, na Praça Roosevelt, às 18h30. 

POLÊMICA
Neste ano, a parada teve como tema Amai-vos Uns Aos Outros e causou polêmica ao utilizar santos em campanha pelo uso de preservativos. Em 170 cartazes distribuídos em postes por todo o trajeto, 12 modelos masculinos representando ícones como São Sebastião e São João Batista apareciam seminus junto com as mensagens: "Nem Santo Te Protege" e "Use Camisinha".

"Nossa intenção é mostrar à sociedade que todas as pessoas, seja qual for a religião, precisam entrar na luta pela prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis. Aids não tem religião", declarou o presidente da Parada, Ideraldo Beltrame.

O arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, classificou como "infeliz, debochada e desrespeitosa" a colocação de cartazes com imagens de santos em postes da Avenida Paulista, durante a Parada Gay. Para Scherer, o "uso instrumentalizado" das imagens "ofende o sentimento da Igreja".

Participantes da Parada Gay disseram ter sido vítimas de arrastão. A Polícia Militar disse não ter registrado nenhuma ocorrência grave.




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