Ex-vice-prefeito de Mauá, Paulo Eugenio Pereira Júnior (PT) não deve retornar ao cargo de secretário municipal de Mobilidade Urbana. O petista, que tem portas abertas no governo Donisete Braga (PT), mantém diálogo avançado para ser alocado na gestão do chefe do Executivo da Capital, Fernando Haddad (PT).

O motivo da recusa do petista, que deixou a Pasta mauaense em abril do ano passado para disputar eleição para deputado estadual, é a insatisfação com a atuação de Donisete em sua campanha eleitoral. A aliados, Paulo Eugenio tem dito que, apesar de ter herdado apoios de toda a base eleitoral do prefeito (ex-deputado estadual), houve pouco empenho do Paço em conduzir a empreitada à vitória.

A dobrada articulada pelo próprio Donisete, intitulada como a oficial do Executivo, colocava Paulo Eugenio a estadual e defendia a reeleição do deputado federal Hélcio Silva. Não decolou. Historicamente distantes no PT, os candidatos não conseguiram sincronizar atividades eleitorais e sofreram com a baixa adesão do Paço.

O não retorno a Mauá foi definido depois da vitória de Marcelo Oliveira (PT), aliado de Hélcio, na eleição para a presidência da Câmara. A avaliação do ex-secretário é que o tabuleiro político na cidade não tem espaços para crescimento.

A mágoa com Donisete é evidente. Tanto é que Paulo Eugenio tem dito aos integrantes de seu grupo político no PT que terá participação reduzida na administração de Mauá e que será necessário buscar outros locais de trabalho.

O apoio de Paulo Eugenio foi fundamental para Donisete ser o candidato petista a prefeito em 2012. Juntos, a dupla manobrou para tirar a legenda de reeleição do então chefe do Executivo de Mauá Oswaldo Dias (PT), que tinha mandato com baixa aprovação.

Paulo Eugenio era vice de Oswaldo e chegou a ser anunciado como número dois na chapa encabeçada por Donisete. Porém, Oswaldo exigiu que Helcio Silva ocupasse o posto e forçou a reformulação da dobrada por meio de instâncias superiores do partido.