Política Titulo São Bernardo
Morando envia proposta de reajuste de 5% ao funcionalismo

Projeto do Paço foi protocolado na Câmara; impacto na folha de salarial é de R$ 49 milhões

Por Fabio Martins
27/03/2019 | 06:58
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Nario Barbosa/DGABC


O governo do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), encaminhou ontem à Câmara proposta de reajuste salarial que apresenta índice de 5% aos cerca de 20 mil servidores da cidade, entre funcionários ativos e inativos. O texto deve ser apreciado hoje em plenário pelos vereadores, durante sessão ordinária.

Em caso de aval ao projeto, o impacto financeiro na folha salarial da Prefeitura para o período será de aproximadamente R$ 49 milhões, distribuídos nos contracheques de 13 mil funcionários ativos, incluindo empresas e autarquias, e outros 7.000 inativos.

A matéria, de autoria do Executivo, pode sustentar pelo segundo ano consecutivo percentual superior à reposição inflacionária, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). No período acumulado de um ano, a inflação foi de 3,94% – o restante entra na conta de aumento real. Se aprovado, o texto será publicado nos Atos Oficiais do município e a aplicação da majoração salarial dos servidores tende a ocorrer em maio. No ano passado, o Paço sancionou reajuste de 2,9%.

São Bernardo é a primeira cidade do Grande ABC a direcionar índice de acréscimo salarial ao funcionalismo – os demais municípios da região ainda discutem o percentual de reajuste junto ao sindicato da categoria. Em Diadema, por exemplo, os servidores reivindicam 7% de aumento ao Paço.

“O trabalho prioritário de garantir as melhores condições aos nossos servidores está sendo feito. Responsabilidade de gestão, cortando desperdícios e respeitando os gastos públicos, isso nos permite agir com efetividade em decisões importantes, que muitas prefeituras e empresas do setor privado estão tendo dificuldades, que é a valorização de seus colaboradores”, pontuou Morando, por nota.

Em meio a cenário de instabilidade na economia do País, onde Estados como Goiás, Roraima, Rio Grande do Norte e Mato Grosso declararam calamidade financeira, a Prefeitura de São Bernardo alega manutenção de “planejamento rígido no controle de despesas”, certificando a “execução ativa de todos os serviços e não tendo atrasos de pagamento com seus fornecedores”.

AUSTERIDADE

Ao longo dos 27 meses de mandato, a administração tucana anunciou medidas de austeridade sob promessa de estabilidade aos gastos públicos, diante de rombo financeiro herdado de R$ 200 milhões, deixados em restos a pagar da gestão anterior, de Luiz Marinho (PT).

Entre as ações administrativas anunciadas, o fim de uso da frota oficial de carros – foi leiloada. O procedimento resultou na substituição por contratação de serviços por meio de aplicativo. O serviço gerou economia de R$ 4,5 milhões ao Executivo. 




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