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Em busca do próprio filme

Jovens Titãs colocam sua popularidade à prova com aventura criada especialmente para os cinemas

Por Luís Felipe Soares
Diário do Grande ABC
26/08/2018 | 07:00
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Divulgação


Os Jovens Titãs gostam de se divertir o quanto podem em suas aventuras. Estelar, Mutano, Robin, Ravena e Ciborgue não perdem oportunidade para dar risadas e fazer tiradas cômicas ao mesmo tempo em que enfrentam diversos tipos de perigos e vilões. Mas esse estilo descontraído de combater o crime acaba por ser o motivo que Hollywood os deixa de lado quando pensam em fazer filmes de super-heróis, grande sonho do parceiro do Batman que lidera o grupo.

A busca pelos elementos que credenciam a equipe a ter sua própria produção para as telonas está em Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas, que chega às salas brasileiras a partir de quinta-feira. O longa-metragem marca a primeira aparição da equipe nos cinemas, ampliando a comédia que já faz sucesso na atual série de TV desde 2013 e fugindo do estilo mais sério de seus passos nos quadrinhos.

Trata-se de grande bagunça que o quinteto faz no meio dos estúdios que dão atenção a figuras como Superman e Mulher-Maravilha, com o público acompanhando tudo das poltronas. Mesmo quem nunca viu o seriado pode se divertir com a história inédita recheada de referências ao mundo do entretenimento, incluindo brincadeiras com clássicos como De Volta Para o Futuro (1985) e aos atuais filmes da Marvel. Destaque para os diferentes estilos de desenhos usados em vários momentos especiais.

A história ganha força com o vilão Slade. Cheio de truques, ele mostra seu potencial para arqui-inimigo dos Jovens Titãs ao complicar – e também facilitar – o objetivo dos heróis.

Equipe nasceu nas HQs e tem ganhado adaptações

O grupos nasceu nos quadrinhos para reunir os ajudantes das grandes figuras da DC Comics. A primeira vez que os Jovens Titãs juntaram força foi em 1964, com trio formado por Robin (parceiro do Batman), Kid Flash (auxiliar do Flash) e Aqualad (companheiro do Aquaman). O enredo deu certo e logo ganharam revistinha própria.

Foi na década de 1980 que a equipe atingiu um de seus maiores pontos de popularidade. Os personagens dessa época serviram de base para que os desenhos animados de tempos depois fossem criados, deixando de lado a presença de Moça-Maravilha e Kid Flash.

Já com a formação tendo Robin, Ravena, Mutano, Estelar e Ciborgue, uma versão teen de Jovens Titãs foi produzida e exibida originalmente pelo Cartoon Network entre 2003 e 2006 – há rumores de que a série volte a ser produzida.

Atualmente, os heróis vivem aventuras em Os Jovens Titãs em Ação, no ar desde 2013 e que serve de base para o longa-metragem. As histórias não têm ligação com o desenho anterior e conta com altas doses de humor. Mesmo fugindo do ar sério das HQs, mantém os laços de amizade dos integrantes

Já está em produção seriado com atores reais sobre o grupo tendo conteúdo dramático e sombrio. A estreia irá ocorrer em serviço de streaming da DC, mas ainda sem data oficial.

Trabalho dos dubladores tem presença marcante

Parte do sucesso do desenho Os Jovens Titãs em Ação passa pelo trabalho apresentado pelos dubladores. Esses profissionais precisam conhecer bem os personagens, observar as ações na tela, analisar toda a história e criar vozes capazes de revelar as emoções necessárias para o momento.

Para o longa-metragem que chega aos cinemas, foi escalado o mesmo time que trabalha no seriado. “Nós baixamos os tons quando usamos nossas vozes para o desenho. Quanto maiores os personagens ficam, mais pesada é a voz.Temos que seguir a evolução”, conta Marina Torres, dubladora da Ravena.

Quem se junta aos intérpretes dos cinco heróis é Ricardo Schnetzer, que empresta a voz ao vilão Slade e ressalta a importância de estar ligado ao máximo com os acontecimentos do filme para fazer seu trabalho. “É preciso atenção para a tradução e o contexto do que está acontecendo em relação ao que o personagem faz e ao que ocorre de maneira geral”, comenta.

Responsável por dar voz ao líder Robin, Manolo Rey explica que o elenco não grava as vozes juntos e que a direção de dublagem possui missão de fazer a equipe caminhar o mais junto possível. “O diretor tem a preocupação de reunir o trabalho de todos de maneira singular. Gravamos todos separados, cada um em uma cabine e em momentos diferentes. Temos que nos entregar ao projeto.”

Consultoria de André Morelli, editor do site ‘Popground’, jornalista especializado em cultura pop e autor do livro ‘Super-Heróis no Cinema e nos Longas-Metragens da TV’. 




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