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Consórcio abranda ações de combate ao mosquito da dengue

Após queda no número de casos da doença, não são projetadas campanhas para conscientizar moradores ou programação conjunta entre os municípios

Natália Fernandjes
06/01/2018 | 07:00
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Gabriel Inamine/PMSBC/Divulgação


 Com a queda do número de casos de dengue, doença provocada pelo mosquito Aedes aegypti, o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC abrandou as ações voltadas ao combate da doença na região. Neste ano, por exemplo, não há previsão de campanha de conscientização para a população sobre o tema, tampouco programação de medidas conjuntas entre as seis cidades que compõem o colegiado (Diadema não participa). A justificativa, segundo o órgão regional, se dá pelas “reduções no orçamento da entidade em 2017 e 2018”.

O balanço dos casos da doença no Grande ABC, antes divulgado em boletins regionais pelo Consórcio, deixaram de ser realizados pelo órgão desde o ano passado. “Devido ao número reduzido de casos, os técnicos dos municípios alteraram a agenda e passaram a se reunir na sede do Grupo de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, como ocorria antes de 2016. O trabalho preventivo realizado pelos municípios segue permanente, mas não temos números atualizados”, afirma a entidade.

Segundo o Consórcio, ações de combate são discutidas mensalmente na sede do colegiado, com participação dos técnicos das cidades. Além disso, a realização de visitas casa a casa nas áreas de divisa é articulada nestes encontros.

Em 2017, em quatro das sete cidades (Santo André, São Bernardo, São Caetano e Mauá), foram registrados 29 casos de dengue autóctones (contraídos no município), sendo 17 em Santo André; quatro em São Bernardo; três em São Caetano e cinco em Mauá. Ribeirão Pires não teve nenhum registro e as demais cidades não retornaram as informações.

Já em 2016 foram contabilizadas 1.535 ocorrências de dengue nessas cidades, com 328 casos em Santo André; 897 em São Bernardo; 43 em São Caetano, 261 em Mauá e seis em Ribeirão Pires.

AÇÕES

Um dos trabalhos de combate ao mosquito transmissor da dengue são as vistorias a imóveis realizadas ao longo do ano. Em 2017, agentes comunitários epidemiológicos de Santo André realizaram, segundo a Prefeitura, 331.077 visitas a residências, sendo detectados e eliminados 365 focos e identificadas 5.736 larvas. Para os próximos meses, estão previstas idas de equipes a pontos estratégicos, como obras, além do controle e bloqueio de criadouros. A cidade conta com kits para realizar 14 mil testes de casos suspeitos da doença, vindos do Ministério da Saúde.

Em São Bernardo, foi feito, em 2017, um milhão de vistorias, com 800 focos extintos. A Prefeitura programou ações de intensificação para áreas consideradas de risco, como os bairros Montanhão, Jordanópolis, Rudge Ramos e Vila São Pedro. Segundo a administração, já existe programação para atividades educativas em empresas, bem como orientação a funcionários dos canteiros de obras e rede varejista. A rede de Saúde também está equipada com kits para realizar 14 mil sorologias de dengue, além de 9.000 de chikungunya e 17,5 mil de zika.

Na cidade de Mauá foram realizadas 251.856 vistorias e encontrados e eliminados 243 focos do mosquito. Ações de conscientização e vistorias serão mantidas neste ano. O município recebeu 10 mil kits para teste rápido de dengue.

Os demais municípios não detalharam as ações de combate à dengue realizadas ou previstas.




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