O presidente do Conselho de Ética do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), afirmou nesta quinta-feira que se os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (sem partido) e a ex-diretora do Prodasen Regina Borges mantiverem as suas versões durante a acareação, ele vai propor o fim das investigações a respeito da violação do painel eletrônico de votação do Senado.

Tebet disse que se não surgir nenhum elemento novo nesta quinta-feira, ele vai pedir ao relator do processo, Saturnino Braga (PSB-RJ), a suspensão das investigações. De acordo com o senador peemedebista, já há elementos de convicção suficientes se nada novo aparecer.

Ramez Tebet reconheceu que terá uma missão bastante difícil esta tarde, no comando da acareação. Ele afirmou que não será fácil controlar os senadores, mas deixou claro que não vai permitir nenhum tipo de bate-boca.

Classificando esta sessão como “a mais importante de sua vida”, Tebet disse que vai se empenhar para não permitir que qualquer um dos interrogados interrompa ou provoque o outro durante seus depoimentos.

Nesta quarta-feira, ele explicou, no plenário do Senado, que a acareação será baseada nos princípios do Código de Processo Penal “aplicados ao bom senso”. Ele ainda disse que os três interrogados terão a mesma oportunidade de falar, inclusive Regina Célia.

Após a abertura da sessão, as primeiras perguntas deverão ser feitas pelo relator, Saturnino Braga (PSB-RJ). A mesma questão deverá ser repetida para todos os depoentes até que a resposta seja considerada suficiente. Os senadores não poderão fazer perguntas entre si e também não poderão se dirigir à Regina. Qualquer tipo de comunicação deverá ser intermediada pelo presidente ou relator do Conselho.