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S.Caetano promove Fila Zero e mutirão contra Aedes aegypti
Renato Fontes
Especial para o Diário
21/02/2016 | 07:00
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Ari Paleta/DGABC:


O sábado foi de cuidados com a Saúde em São Caetano. A Prefeitura realizou ontem mutirão do Programa Fila Zero e ação de combate ao mosquito Aedes aegipty, transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya.

O administrador de empresas Antônio Sampaio, 28 anos, e os pais saíram de casa, no bairro Butantã, na Capital, às 8h para passar por consultas no Hospital São Caetano, onde foi realizado o nono mutirão de especialidades do Fila Zero. O esforço da família e de cerca de 2.500 pessoas valeu a pena. “Viemos por indicação. Em São Paulo, desconheço serviços com esse formato.” Cerca de 50 médicos, de 19 especialidades, atenderam a população sem necessidade de marcar consulta.

Dores no nervo ciático levaram a aposentada Nilva Camargo, 76, ao ortopedista. “Se não fosse esse mutirão, demoraria meses para ser avaliada pelo médico.” Já o mecânico Souza Miranda, 67, passou pelo urologista. “Temos a oportunidade de nos consultar com especialistas que não estão disponíveis durante a semana.”

O coordenador da Secretaria de Saúde, Roberto Rodrigues Júnior, comemora. “Diferentemente das outras edições, 70% dos pacientes eram de demanda espontânea.”

“Prezamos por atendimentos rápidos e com qualidade”, afirma o prefeito de São Caetano Paulo Pinheiro (PMDB).

MOSQUITO

Também na manhã de ontem, o Programa Sanca Contra a Dengue realizou mutirão contra o Aedes aegypti. Cerca de 1.700 pessoas, entre agentes de controle de zoonoses, funcionários de outras secretarias e voluntários tiveram a missão de inspecionar 40 mil imóveis (casas, prédios, comércios e terrenos desocupados ou à venda) em 14 bairros. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, 80% dos focos do mosquito estão nas casas.

O sobrado da auxiliar de enfermagem Cirleide de Souza de Oliveira, 44, no bairro Barcelona, foi vistoriado. “A visita dos agentes nos ajuda a entender um pouco mais sobre essas doenças e como preveni-las.”

Moradora do mesmo bairro, a analista fiscal Marli Baraldo, 52, defende-se como pode. “Meus vasos são todos furados e a caixa d’água é tampada”. detalha. “O que estamos vivendo não é brincadeira. Tem muita gente morrendo”, completa a vizinha de Marli, a jovem Bruna Lima, 19.

São Caetano registra neste ano três casos autóctones (contraídos no próprio município) de dengue e aguarda resultado de 81 suspeitos. “Há moradores que estão fugindo do foco. Alguns querem o corte de árvores, por achar que ali está o problema, mas eles não cuidam nem dos ralos. Isso dificulta o combate”, lamenta uma das agentes de Saúde Edméia Castro Oliveira. 




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