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UE quer negociar com Brasil abertura do mercado aéreo
20/05/2010 | 07:00
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A Comissão Européia, órgão executivo da UE (União Européia), recomendou que o bloco inicie negociações com o Brasil para a abertura dos mercados de transporte aéreo dos dois lados. A expectativa é de aumentar em 335 mil pessoas o fluxo de passageiros entre as duas regiões. Acredita-se que a liberalização do setor aéreo resultaria em aumento na oferta de voos e, consequentemente, haveria redução dos preços das passagens.

O tratado consistiria em estabelecer para as companhias aéreas europeias e brasileiras regras comuns de segurança, direitos de passageiros, utilização de rotas e frequências e permitir que as empresas operem, em iguais condições, em todo o espaço aéreo da UE e do Brasil. O acordo também poderia remover restrições a investimentos estrangeiros em companhias nacionais.

Calcula-se que, só no primeiro ano, o acordo resultaria numa economia de 460 milhões de euros (mais de R$ 1 bilhão) para os consumidores, de acordo com estudo de impacto econômico. O porta-voz de Transportes da Comissão Européia, Dale Kidd, diz que além da economia, a qualidade dos serviços melhoraria. Com mais voos diretos, a duração das viagens poderia diminuir e o conforto aumentaria para muitos passageiros.

A União Europeia estima que todos esses fatores estimulariam a demanda e contribuiriam para aumento do turismo entre a Europa e o Brasil, criando empregos e melhorando ambas as economias. "O momento é de especial importância se considerarmos que o Brasil sediará a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016", lembrou o comissário europeu de Transportes, Siim Kallas.

Outro benefício direto da abertura do setor seria a redução dos custos de exportações e importações, que poderiam resultar elevar intercâmbios comerciais e investimentos estrangeiros diretos. A negociação do acordo com o Brasil é também uma reivindicação dos aeroportos europeus, que consideram que a liberalização desse e de outros mercados estratégicos pode ajudá-los a se recuperar da crise, segundo autoridades de Bruxelas.

Para que comece a ser negociada, a proposta de Bruxelas tem que ser aprovada pelos ministros de Transportes dos 27 países integrantes da União Européia.




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