Márcio Bernardes Titulo
As propostas de Lula

Já é polêmico o pacote de Lula lançado recentemente para conter a violência nos estádios de futebol.

Por Especial para o Diário
20/03/2009 | 00:00
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Já é polêmico o pacote de Lula lançado recentemente para conter a violência nos estádios de futebol. Surgiram opiniões favoráveis e contrárias a iniciativa governamental. Em uma democracia, todos podem e devem oferecer suas posições. E o Congresso Nacional se incumbe de melhorar as decisões que se tornarão leis.

Realmente o Estatuto do Torcedor precisa ser aprimorado. O cadastro de torcedores é uma inovação, mas não custa ser testado. O melhor de tudo é a punição criminal para quem praticar a violência.

Outra coisa que precisa ser combatida é a manipulação de resultados e os cambistas. Não tem coisa mais hedionda no esporte quando não acontece um resultado natural e sim com interferência desonesta.

Os cambistas são figuras abomináveis que se tornaram internacionais. E sua atuação atinge todos os espetáculos. Mas também sabemos que eles têm ligações com os administradores. É uma cadeia de desonestidade que encarece o preço do bilhete.

Como essa ilegalidade o Código Penal não pune com a rigidez necessária. E quando o malandro percebe impunidade, acaba agindo com muito mais tranqüilidade.

DEFICIENTES VISUAIS

O Morumbi recebeu recentemente esse público especial que foi acompanhar um jogo do São Paulo. Pode parecer estranho, mas tem a ver esses deficientes visuais irem a um campo de futebol.

Lembro-me há muito tempo atrás, quando eu ainda era um jovem repórter de rádio de Ribeirão Preto. Nos jogos do Comercial, no Estádio Palma Travassos, lá ficava um fanático torcedor com seu radinho no ouvido e muito interessado em tudo.

Ele chegava ao estádio sozinho, com sua bengala, era cumprimentado e respondia a todos com alegria e satisfação. Subia para seu lugar nas cativas e se comportava como qualquer torcedor.

Suspiros, gritos, xingamentos, comemoração de gols e tristeza quando o adversário marcava. Comprava pipoca, refrigerante e amendoim.

Uma vez, da minha posição dentro do campo, perto dos bancos de reservas, mandei pela rádio um abraço para ele. Percebi seu largo e simpático sorriso. Para mim, foi como se eu tivesse vencido um campeonato. Deus escreve certo por linhas tortas.




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