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Suposta meningite cria pânico em Emeb
Bruno Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
20/10/2007 | 07:23
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Mães em pânico por conta da suspeita de que seus filhos estiveram expostos à meningite provocaram tumulto sexta-feira na Emeb (Escola Municipal de Educação Infantil) Paulo Morando, no Jardim Represa, em São Bernardo.

Elas haviam sido avisadas pela direção do colégio de que uma das possíveis causas da morte de um aluno de 5 anos era a doença contagiosa. A diretora, Maira Borges, programou uma reunião para orientar as mães, mas a conversa terminou em bate-boca.

As mulheres queriam que seus filhos recebessem vacina contra a infecção, enquanto o Departamento de Controle Epidemiológico da cidade tentava explicar que a medida não era necessária.

Além da meningite, o menino pode ter sido vítima de dengue hemorrágica e até febre maculosa, de acordo com a Prefeitura. “Era dever da escola trazer essa informação e orientar as famílias”, disse a diretora.

A confusão começou quando as mães descobriram que apenas os alunos da sala da vítima e colegas de perua seriam tratados.

Na verdade, segundo o Departamento de Controle Epidemiológico de São Bernardo, as crianças receberiam quimioproflaxia, medicamento que impede a transmissão da doença – e não a vacina.

Wagner Kuroiwa, diretor do Controle Epidemiológico, disse que a vacina não seria útil. Se alguma criança tivesse sido contaminada – o que seria uma possibilidade remota, segundo ele – a bactéria já estaria em período de incubação.

As crianças que receberam quimioproflaxia ficariam doentes, mas não transmitiriam a bactéria.

As famílias foram orientadas a identificar os sintomas de meningite e procurar atendimento médico se houver suspeita. Caso contrário, não haveria com o que se preocuparem.

A Secretaria de Estado da Saúde informou que monitora os procedimentos adotados pelo município.

Calma - Técnicos do Controle Epidemiológico tentaram informar às mães que a bactéria não resiste fora de organismos – os brinquedos, os banheiros, os talheres da cozinha e nada que tivesse tido contato com o menino morto transmitiriam a doença. Apenas o contato direto era perigoso.

Mas elas não se deram por satisfeitas e afirmaram que pretendem cobrar a vacinação da escola inteira junto à Secretaria de Saúde.



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