O ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi e as centrais sindicais agora vão para cima do Senado para buscar derrubar a emenda do projeto de lei que regulamenta as centrais aprovado na Câmara dos Deputados e que desobriga o pagamento do imposto sindical.

A idéia é pressionar os senadores para que a emenda caia nas comissões que antecedem a votação final no Senado, antes que o projeto chegue ao presidente Lula para ser sancionado.

Alguns nomes de senadores já estão sendo cotados para representar as centrais e manter a contribuição. Os parlamentares Paulo Paim (PT-RS) e Fátima Cleide (PT-RO) são os cogitados para defender o imposto na Comissão de Assuntos Sociais. Já Francisco Dornelles (PP-RJ) pode ser o escolhido para a Comissão de Assuntos Econômicos e Marco Maciel (DEM-PE) pelo de Constituição, Justiça e Cidadania.

Segundo Lupi, na próxima quarta a articulação já se inicia com um encontro oficial entre o ministro, as centrais e o presidente da Casa Tião Viana (PT-AC).

“Estou aqui para cumprir o acordo, que sou fiador e que foi feito entre as centrais e governo. Já falei como Tião Viana e o ministro Luiz Marinho sobre o assunto.Vamos mobilizar e sensibilizar o Senado”, comenta Lupi.

As centrais também querem a derrubada da emenda que permite ao TCU (tribunal de Contas da União) fiscalizar a arrecadação do imposto sindical.

Caso as emendas sejam derrubadas, elas retornam para a Câmara para serem novamente votadas. Mas se os textos passarem pelo Senado, o presidente Lula ainda pode utilizar o veto.