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A chuva cai forte, faltam piscinões

O governador Serra criticou a cobertura da imprensa sobre as enchentes do Estado

Wilson Marini
01/02/2010 | 00:00
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O governador Serra criticou a cobertura da imprensa sobre as enchentes do Estado. Ao ser questionado sobre a construção de piscinões para aliviar a correnteza na Capital, disse: "Outro dia, inaugurei um com 500 mil metros cúbicos. A imprensa não deu a menor bola. Porque dá-se bola para o problema, mas para a solução, não."

As chuvas de fato não estão ajudando. Na região das represas do Sistema Cantareira, as cheias são as maiores em 70 anos, segundo dados oficiais. As máximas registradas são de 418,8 milímetros em dezembro e 450,3 mm em janeiro, até dia 28 - contra 415,3 mm (dezembro de 1986) e 410,4 mm (em janeiro de 2003). O detalhe nessa comparação é que desta vez a água de dezembro se junta à de janeiro. Os recordes mensais anteriores são de anos diferentes.

Em relação aos piscinões, destinados a reter o excesso das chuvas, os que foram feitos amenizam a situação. Pior sem eles. O problema é que a Grande São Paulo precisaria de pelo menos 140 piscinões para não se falar mais sobre o assunto. Foram construídos pouco mais de 40. Seria preciso investir em mais uma centena. Exige muito dinheiro e as desapropriações tornam lento o processo. De fato, não é algo tão simples de se fazer. Como parece não ser tão simples explicar porque isso não foi feito ainda.

Em março
Serra também gabou-se de fazer tantas obras a ponto de não conseguir inaugurar todas. Em uma pelo menos ele estará presente, pois é vitrine eleitoral. Já tem prazo marcado até no Diário Oficial: o trecho Sul do Rodoanel vai ficar pronto em março, com ou sem chuvas, após 34 meses de obras. Interligará as rodovias Anchieta e Imigrantes com o trecho Oeste, que faz a conexão com a Regis Bittencourt, Raposo Tavares, Castelo Branco, Bandeirantes e Anhanguera. Obra que terá reflexos positivos no sistema rodoviário de todo o Estado.

Para 2011
Descriminalizar ou não as drogas? Esse debate ainda vai pegar fogo no Brasil. Não este ano, devido às eleições, pois é um terreno minado. FHC é quem sairá à frente da campanha por ser reserva moral para falar sobre tema tão delicado na sociedade brasileira. Desde já é candidato a ser uma espécie de ‘Al Gore tupiniquim', referência ao ex-vice-presidente americano que agora se dedica a alertas sobre aquecimento global. Aos 78 anos, FHC acredita que fracassou a política de combate às drogas "baseada no método prende, mata, esfola."

Em Barretos
Passou sem explicação convincente de Romeu Tuma (PTB-SP) a divulgação pelo site Congresso em Foco do gasto de R$ 14,1 mil para a hospedagem do senador e assessores por ocasião da Festa do Peão Boiadeiro. O valor foi ressarcido pelo Senado. A diária cobrada em três dias foi de R$ 1.177,25. Certo que Tuma é tratado como padrinho da festa e autor do projeto que instituiu o Dia do Peão Boiadeiro. Admita-se que foi a Barretos numa atividade política, não para se divertir, como disse. Mas como corregedor do Senado, responsável por investigações de colegas sobre desvios éticos e administrativos, poderia esclarecer melhor aos paulistas.

Cidades inovadoras
Essa nenhuma cidade de médio porte pode perder. Curitiba vai receber de 10 a 13 de março uma penca de especialistas em questões urbanas de todo o mundo na 1ª Conferência de Cidades Inovadoras. O evento apresentará experiências de sucesso em planejamento urbano, sustentabilidade, mobilidade, gestão e políticas públicas. Prefeitos têm a obrigação de espiar ou mandar técnicos. Especialistas de várias partes do mundo vão falar das soluções que adotaram para resolver o trânsito caótico e outros gargalos urbanos. Representantes do poder público municipal de São José dos Campos, Rio Preto e Campinas já confirmaram participação.

Presídio, não
Segue a queda-de-braço de comunidades do Interior Paulista frente à descentralização dos presídios no Estado. A Justiça Federal suspendeu a licença para construção de unidade que prevê mil detentos e 300 funcionários em Florínea, soma equivalente a 17% da população da cidade. A liminar atende a ação popular sob o argumento de impacto ambiental.




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