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Rstom presidente arrepia
Legislativo de S.Caetano
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
09/12/2010 | 07:01
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Ao que tudo indica, a disputa pela presidência da Câmara ainda trará dores de cabeça ao prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), que deve interferir diretamente na indicação da mesa diretora, cuja eleição ocorrerá no dia 15. Se o nome do vereador Joel Fontes (PMDB) causa indisposição por destoar do histórico petebista que, desde 2001, se projeta na posição, a conjectura com Flávio Rstom (PTB) traz insatisfação na base aliada, bem como do funcionalismo público.

Nos bastidores do Legislativo, servidores que já trabalharam com Rstom em sua primeira passagem pela presidência, em 2001/2002, não sentem saudade e pensam até em se aposentar, caso esse quadro seja concretizado. Já existe movimento na Câmara que torna evidente o descontentamento na base de sustentação, o que divide os votos da bancada. Neste cenário político, alguns nomes até do PTB podem aparecer como surpresa para também pleitear o cargo com o correligionário.

Segundo Rstom, a conversa que sacramentará o posicionamento do grupo sairá na segunda ou terça-feira em reunião com o chefe do Executivo. "Acredito que o PTB leva vantagem pela tradição."

Sobre a posse de Gérsio Sartori (PTB) como prefeito interino - por três dias devido a licença de Auricchio e do vice Walter Figueira Júnior (PTB) -, Rstom rechaçou que o ato coloque o atual presidente com possibilidade maior de reeleição em relação aos demais candidatos. "Não altera nada."

Rstom confirmou que teve problemas com alguns funcionários, mas apenas inativos. "Passei pela pior fase, de implantação da Lei de Responsabilidade Fiscal. Existia funcionário aposentado que interpretava diferente a questão de ganhar acima do salário do prefeito. O TCE (Tribunal de Contas do Estado) enviou ofício para parar de pagar. Impedi que isso acontecesse e entraram na Justiça. Mas desses, 90% não tinham razão. Tanto que poucos conseguiram conquistar quinquênio (adicional por tempo de serviço) e sexta parte dos vencimentos (a partir dos 20 anos de efetivo exercício)."

Ao falar dos ativos, o petebista minimizou entrevero ao se autointitular só um workaholic. "Existem alguns que acham o excesso de trabalho um defeito. Realmente, ficava todos os dias 12 horas na Câmara, mas nunca obriguei nenhum funcionário a fazer hora extra, não tinha problemas graves."




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