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Maradona torce em Santo André
Por Nelson Cilo
Do Diário do Grande ABC
18/06/2010 | 07:01
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Como é que pode? Os fãs de Kaká, Luís Fabiano e a turma Família Dunga diriam que Vanderlei Galani, 43, o Maradona andreense, pirou definitivamente como assumido torcedor dos rivais. Pior: no momento em que as pesquisas ficam divididas entre Dieguito e Pelé, o tiete do irreverente comandante da seleção argentina crava sem pensar duas vezes no melhor de todos os tempos.

Ontem, em frente do televisor instalado no Bar do Lima, reduto de apaixonados pelo Ramalhão, ele vibrou como nunca nos 4 a 1 em cima dos coreanos. "Que me desculpem a sinceridade, mas não dá nem para comparar.

Meu ídolo disputou os Mundiais de 1982, 1986 e 1990. Quanto ao Pelé, só foram alguns jogos em 1958 e no tri de 1970 no México", exemplifica o nosso Maradona, que recorre às respectivas campanhas em Copas do Mundo para medir a grandeza dos maiores astros da corte. "Opinião é uma coisa que não se discute. Um dia, alguém comentou que o Garrincha era superior ao Pelé. Falo pelo que vi", jura.

O El Pibe de Santo André comemorou os quatros gols da Argentina como se acabasse de antecipar um dos finalistas na África do Sul. O primeiro deles - na bola espirrada no joelho de um coreano - significou apenas o início da gritaria. Os três do artilheiro Higuaín e os passes perfeitos do canhotinha Messi também receberam demorados aplausos do rapaz.

Não é pura fantasia. Nada é tão forte na memória de Vanderlei quanto as imagens daquele dia - 8 de abril de 2006 - em que o sósia de Maradona pôde conhecer pessoalmente o verdadeiro personagem do filme. O encontro aconteceu em São Bernardo no torneio internacional de showball (na quadra com cinco de cada lado) disputado no Poliesportivo.

Ao perseguir a caravana do time argentino pelas ruas que conduziriam ao Poli, Vanderlei percebeu que não era mentira nem pegadinha. Dieguito estava lá de corpo e alma para encarar os donos da casa e diversas equipes de importantes craques do passado. Como se já não bastasse a honra de tirar fotos abraçado ao reizinho, Vanderlei aproveitou para trocar palavras de muita cumplicidade.

"Nem saberia explicar meu sentimento naquela hora. Contei a ele que sou o único aqui no Brasil que o defende em todas as circunstâncias. Não admito que falem mal dele perto de mim. Guardo uns 1.000 recortes e tudo aquilo que se refere a ele. Ele me deu um beijo no rosto e me agradeceu", orgulha-se.




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