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Helimarte fará o transporte aéreo de Oswaldo
Por Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
01/01/2010 | 07:03
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Celso Luiz/DGABC


A Prefeitura de Mauá divulgou o nome da vencedora do certame de taxi-aéreo: a empresa Helimarte foi escolhida pela administração do prefeito Oswaldo Dias (PT) para fazer transporte "próprio do prefeito e secretários" para participação de eventos e fuga do trânsito da cidade.

Apesar da publicação da vencedora, o Executivo não divulgou valores do contrato, nem a validade dele no Diário Oficial. Procurada, a administração não se manifestou sobre o assunto.

No site oficial, a Helimarte informa ter sede no bairro de Santana, em São Paulo. Também diz ter quatro tipo de helicópteros para transporte de passageiros. As aeronaves acondicionam de uma a cinco pessoas. O preço médio da hora de voo é R$ 1.750, mas a companhia alerta que o valor não engloba tarifas para pouso "que custam de R$ 350 a R$ 600, conforme localidade escolhida".

Procurado, o presidente da Helimarte, Jorge Bitar Neto, afirmou que o acordo fechado com a Prefeitura de Mauá é o primeiro para atender poder público; no entanto, o administrador não quis divulgar o valor fixado com o Executivo, nem quantas horas de voo foram contratadas pela administração petista. Segundo Neto, "as informações só estariam disponíveis em janeiro", mas ele não soube precisar data.

O especialista em licitações Ariosto Mila Peixoto contestou a decisão da Prefeitura de divulgar o vencedor do certame sem informar nada sobre o contrato. "Isso não respeita o principio da transparência e da publicidade, pilares do poder público".

Peixoto explica que apesar de a administração ainda dispor de prazo para publicação, a decisão de fazê-la aos poucos demonstra possível intenção de esconder informações. "Além disso, o espaço é pago e a Prefeitura tem de saber aproveitá-lo sem desperdiçar verba pública", pontuou Peixoto.

QUEIXAS - A decisão de Oswaldo de contratar o serviço foi rechaçada pelos vereadores na Câmara, que questionaram o emprego da verba, apesar das constantes queixa do prefeito sobre o caixa da cidade. Mauá tem R$ 217 milhões em dívidas.

Para defender o gestor, o presidente do Legislativo, Rogério Santana (PT), alertou que a Prefeitura estava "modernizando a cidade" e que "a decisão de Oswaldo ainda seria elogiada, assim como no caso da compra do avião presidencial feita por Lula".




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