Economia Titulo Motos
Restrição ao crédito prejudica setor de motos
Emerson Coelho
Do Diário do Grande ABC
11/03/2009 | 07:00
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A restrição ao crédito atingiu em cheio a indústria de motocicletas. O resultado foi um fraco desempenho nas vendas em fevereiro, que fechou com emplacamento de 92.335 unidades, volume 4,6% menor que janeiro deste ano (96.831 unidades), segundo dados da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).

Apesar dessa redução, quando comparadas às médias diárias de vendas o crescimento de fevereiro, que teve somente 17 dias úteis, sobre o mês anterior (21 dias úteis) foi de 18%.

A produção, que havia sido reduzida em janeiro, teve um aumento de 9,6% no mês passado com 81.494 unidades fabricadas.

No comparativo entre os meses de fevereiro de 2008 e 2009 a queda é de 42,1% nas vendas e de 51,5% na produção.

De acordo com o diretor executivo da Abraciclo, Moacyr Alberto Paes, os números registrados confirmam as previsões iniciais de um difícil trimestre para o setor em meio ao cenário de crise financeira mundial.

"Apesar das adversidades, continuaremos reunindo esforços para viabilizar medidas que visem alavancar o crescimento para os próximos meses e alcançar o patamar dos anos anteriores", disse Paes.

As vendas para o mercado externo tiveram um aumento de 46% quando comparados aos números de janeiro. Porém, as 7.582 motocicletas exportadas representaram queda de 28,8% em relação às unidades comercializadas em fevereiro de 2008.

REGIÃO - Consultados pelo Diário, a maioria dos gerentes de concessionárias de motos no Grande ABC afirma que os clientes estão procurando compras à vista.

"As pessoas estão com receio de entrar no financiamento e para driblarmos essa situação estamos com diversos lançamentos e promoções para conseguir atrair o cliente", disse o responsável pela concessionária Superflor, da Dafra Motos, em São Bernardo, Adrelei Gobbo.

O gerente de vendas da concessionária Honda Japauto, em Santo André, Alonso Roda, compartilha a mesma opinião e diz que, apesar da queda nas vendas, desde outubro do ano passado a concessionária investe em publicidade e não precisou afastar nenhum funcionário. "Continuamos fazendo muitas promoções, panfletagem e propagandas na internet. Até o momento não foi preciso demitir ninguém", afirma.

 USADAS - Segundo o Sindiauto (Sindicato do Comércio Varejista de Veículos Automotores Usados no Estado de São Paulo) o mercado de motocicletas usadas também está estagnado.

Em fevereiro foram fechados 7.217 negócios contra 7.212 em janeiro - o que representou o aumento pífio de 0,07%.




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