A Câmara de Mauá acatou determinação da juíza da 1ª Vara Cível, Maria Eugênia Pires Zampol, para afastar o vereador Ivann Gomes, o Batoré (PRB), e seu chefe de gabinete Admir Udovic Silva, o Juca, das respectivas funções enquanto responderem por improbidade administrativa. Oficiado na segunda-feira, o presidente da Casa, Paulo Suares (PT), tomou a decisão amparado por parecer jurídico da Casa. O petista sofria pressão de parlamentares para ignorar a determinação.

Para retomar o cargo, Batoré precisa conseguir uma liminar que anule o pedido da Justiça ou aguardar o fim do processo. Se for condenado em trânsito julgado, perde em definitivo o mandato e fica inelegível.

A Câmara passa a contar com 22 vereadores e não convocará nenhum suplente, já que o afastamento não prevê prejuízo do vencimento de R$ 12.025 mensias de Batoré. Suares reafirmou que não há previsão legal e não teria condição de arcar com o pagamento de mais um parlamentar.

Com a ausência de Batoré, o prefeito Donisete Braga (PT) retomou maioria no Legislativo. Bancadas governista e independente contam com mesmo número de integrantes: 11. Em caso de empate, Suares tem voto de minerva.

A acusação de que Batoré estava adotando a prática conhecida como pedágio é da promotora de Patrimônio Público e Social, Letícia Lourenço Costa. Além dela, o Gaeco (Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado) também investiga a conduta do vereador.