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Em cima do muro

A sessão extraordinária da Câmara de São Bernardo, realizada ontem, além de mostrar que a oposição tem voz...

Do Diário do Grande ABC
10/03/2009 | 00:00
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A sessão extraordinária da Câmara de São Bernardo, realizada ontem, além de mostrar que a oposição tem voz, serviu também para apontar quem são os indecisos de plantão.

Durante a disputa entre governistas e oposicionistas para ver qual vontade prevaleceria, a postura de um vereador chamou a atenção.

Gilberto França (PMDB), cujo nome chegou a ser citado nos bastidores do Legislativo dentre os possíveis parlamentares que passariam a integrar a base do prefeito Luiz Marinho (PT), ficou no meio da queda de braço.

Simultaneamente, bancadas de oposição e situação chamavam o nome de França em busca de adesão. Sem saber o que fazer, o peemedebista chegou a ensaiar alguns passos em ambas as direções, sendo automaticamente censurado pela parte prejudicada.

Depois de muito insistir, os vereadores de oposição - bancada da qual Gilberto França faz parte - conseguiram fazer com que o peemedebista cumprisse seu papel.

Bastidores

Paz almejada

Dizem que o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), não está nem um pouco satisfeito com essa situação no Legislativo. Embora adote discurso de não se intrometer nas decisões da Casa, o chefe do Executivo terá de lidar com a resistência da oposição. Tendo empate no número de integrantes das bancadas - são dez contra dez - ficará cada vez mais difícil conquistar o voto da maioria. A insatisfação do prefeito teria até atingido o presidente da Câmara, Otávio Manente (PPS), que já não gozaria da estima de outrora.

Sem fazer nada

Vereadores de Mauá vão tirar o dia de hoje para votar apenas requerimentos. O pior dessa história é que a ação não foi planejada. O fato puro e simples é que a produção tem sido quase inexistente. É no mínimo estranho que uma Câmara, na qual as sessões só sejam realizadas uma vez por semana, não tenha nenhum projeto, seja ele do Executivo ou Legislativo. Vale ressaltar que cada um dos 17 parlamentares da cidade ganha R$ 7.430. Vergonhoso.

Dívida

Pelo menos um fato - cuja iniciativa não partiu dos parlamentares - ocorreu ontem na Câmara de Mauá: o secretário de Finanças, Orlando Fernandes Filho, entregou o balanço final das contas de 2008. O documento, segundo a Prefeitura, aponta R$ 217 milhões em débitos herdados pelo governo Oswaldo Dias (PT) do antecessor Leonel Damo (PV). A situação, como reportagem do Diário já apontou, é bem pior. O cenário é tão ruim que Oswaldo Dias chegou a pedir socorro publicamente, logo após participar de almoço com o prefeito da Capital, Gilberto Kassab (DEM), e os demais prefeitos da região no mês passado.

Atenção, prefeitos!

As denúncias de má qualidade contra as empresas que fornecem alimentos aos servidores públicos vão deixar de ser privilégio apenas de uma prefeitura para abranger outras tantas no Grande ABC. Aos prefeitos, um aviso: o funcionalismo está se queixando. Não será hora de rever esses contratos e atender ao clamor dos trabalhadores, que a cada dia relatam histórias horripilantes sobre a alimentação que chega até eles?




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