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Depois de dois anos, Sabina reabre para visitas escolares

Centro de ciências oferece atividades atreladas à grade curricular da rede municipal de Santo André

Thainá Lana
Do Diário do Grande ABC
27/03/2022 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Os gritos de euforia no ônibus de passeio anunciam a chegada das turmas escolares à Sabina Escola Parque do Conhecimento, localizada no bairro Paraíso, em Santo André. Os estudantes voltaram ao tradicional centro de ciências depois de quase dois anos, desde o fechamento do local, que ocorreu em março de 2020 por conta da pandemia da Covid-19. Por enquanto, o espaço está aberto apenas para visitas escolares, que participam do projeto pedagógico Aulas Focadas, iniciativa que oferece visitas exploratórias com base na grade curricular da rede municipal.

Na Sabina, os pequenos andreenses podem ver na prática os conteúdos estudados em sala de aula, nas matérias de ciências e história, por exemplo. O projeto oferta três atividades didáticas: desbravando Santo André, com conteúdos sobre o bioma brasileiro e a história da cidade; o Planetário, que apresenta materiais sobre astronomia; e o cinema antigo, onde é abordada a história da sétima arte. Coordenadora da Sabina, Ana Paula Rezende Leão conta que o centro de ciências reabriu no dia 17 de março e, desde então, já recebeu cerca de 32 turmas. “Está sendo incrível ver a felicidade das crianças voltando à Sabina após tanto tempo fechada. É uma energia indescritível poder receber novamente as crianças”, diz a coordenadora.

Em fila indiana, cerca de 20 estudantes do 5° ano da Emeief (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental) Profª Elaine Cena Chaves Maia, do Jardim Santo Alberto, começaram o passeio visitando o jardim sensorial, onde estão localizados diversos tipos de árvores nativas da Mata Atlântica, como pau cigarra, ypê, dedaleiro, palmito-juçara, entre outras. Com pequenas lupas, os alunos foram conhecendo cada espécie e relembrando os conteúdos estudados em sala de aula. “Quem sabe porquê o Brasil tem esse nome?”, questionou o monitor à turma. A resposta veio em coro, “Por conta da árvore Pau-Brasil”, responderam as crianças, apontando a árvore.

“Já visitei a Sabina várias vezes, mas nunca tinha vindo aqui no jardim. Estou adorando. Fala muito sobre a cultura do Brasil. A Mata Atlântica é muito legal de observar, algumas árvores nunca tinha visto pessoalmente, só nos livros. É muito bom poder ver um pouco da natureza”, conta, animado, o estudante Victor Gabriel de Souza Lima, 10 anos. Seu professor, Daniel Alves Marçal, afirma que a turma estudou sobre a história do Brasil na semana passada, e que a visita à Sabia foi fundamental para que os estudantes tivessem contato com o tema na prática.

Enquanto eles observavam parte do bioma brasileiro, do outro lado da Sabina, no Planetário, a outra turma, da Emeief Profª Therezinha Monteiro de Barros Nosé, localizada no bairro Jardim, aprendia mais sobre o sistema solar. Com planetas pendurados no teto e um círculo com luz vermelha simulando o Sol, os estudantes faziam questão de responder todas as perguntas sobre a ciência que estuda todos os corpos celestes do Universo.

Além de planetas e desenhos, as paredes do Planetário apresentam frases educativas como “a distância média entre à Terra e a Lua é de 385 mil quilômetros, que corresponde a cerca de 30 vezes o tamanho da Terra”. O pequeno Miguel Castro, 10, é apaixonado por astronomia e fez questão de participar durante toda visita. “Já vim várias vezes aqui (na Sabina), e o lugar que mais gosto é o Planetário, porque gosto de estudar sobre as galáxias, as constelações e os planetas. Além de estudar na escola, desde os 7 anos também pesquiso sozinho na internet sobre o tema”, conta Miguel, que sonha em ser astrônomo quando crescer.

O professor Michel de Castro Sousa não consegue esconder o orgulho de ver sua turma participando ativamente. “É uma oportunidade ímpar poder vivenciar isso, principalmente agora que eles estão estudando para a Olimpíada Brasileira de Astronomia, e ter uma aula tão focada assim é essencial. Este momento também é importante para mostrar que a escola não é o único lugar que eles podem aprender”, finaliza Sousa. 




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