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Em 6 meses, comissão de ética na Câmara segue sem avanço

Análise sobre falta de decoro do vereador Sargento Lobo se mantém inativa

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
26/11/2018 | 07:00
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Montagem/DGABC


Depois de seis meses da abertura, a comissão de ética formada na Câmara de Santo André para averiguar a acusação de quebra de decoro parlamentar atribuída ao vereador Sargento Lobo (SD) segue sem avanço efetivo. Não houve sequer oitivas com os envolvidos no episódio, o que seria o pontapé inicial dos trabalhos da apuração do caso – na ocasião, a vereadora Elian Santana, sua correligionária, denunciou, durante a sessão, a prática de “ofensa à sua honra”. O imbróglio sobre o andamento ainda se mantém na definição da composição do grupo.

A estruturação do bloco, inicialmente, ficou com Bete Siraque (PT) na presidência e Edson Sardano (PTB) na relatoria, além de Toninho de Jesus (PMN), André Scarpino (PSDB) e Fábio Lopes (PPS). Então no comando da comissão, Bete alegou impedimento formal por integrar a mesa diretora – a bancada petista indicou Alemão Duarte. Após consulta interna, setor técnico da Casa apontou que a substituição automática não era possível, uma vez que Alemão já preside outras duas comissões permanentes (Segurança Pública e Cidadania e Direitos Humanos e Assistência Social).

Scapino também teria restrição em compor a comissão por ser suplente do tucanato – exerce o mandato diante da licença de Marcelo Chehade (PSDB), que desde o início da legislatura se afastou do cargo para gerir a Secretaria municipal de Esporte. Frente a situação, Sardano, sob a condição de ser o integrante mais velho do bloco, foi alçado provisoriamente à presidência da ala, com o objetivo de dar os primeiros encaminhamentos formais. O petebista já admitiu, no entanto, que pedirá licença do posto de vereador em breve para retornar ao Paço, na Pasta de Segurança.

Outros duas indicações já foram solicitadas às lideranças partidárias. Sardano alegou que pelo ineditismo da comissão tem havido “alguns embaraços” – Lobo deve ser o primeiro político da história da cidade a passar pelo processo, inaugurando lista de sindicância interna. “Solicitei assessoria técnica para acompanhar os trâmites, o que foi designado, conversamos e já começou análise dos procedimentos. Está engasgado ainda por ser a primeira. Com isso, acabou atrasando, mas, posteriormente, vai ficar estruturada, organizada. Não podemos nos precipitar neste momento”, disse o petebista. 




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