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Funcionária de escola se fere ao apartar briga

Profissional de unidade estadual sofreu lesão no pé; região teve 29 ocorrências do tipo em 2017

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
02/03/2018 | 07:00
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André Henriques/DGABC


 Agente de organização escolar da EE Professor Oscavo de Paula e Silva, no bairro Bangu, em Santo André, registrou ontem boletim de ocorrência no 2º DP (Camilópolis), após ficar machucada ao ser empurrada por aluno do Ensino Médio, na tentativa de apartar briga. No Grande ABC, situações de violência em ambiente escolar totalizaram, em 2017, 29 registros em escolas estaduais, segundo a Secretaria de Educação do Estado.

Foram sete casos de funcionários do Estado machucados em âmbito da Diretoria de Ensino de Santo André, cinco na de São Bernardo (que abrange São Caetano), dois na de Diadema e 15 na de Mauá (responsável também pelas escolas de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra).

A funcionária de 45 anos, que preferiu não se identificar, sofreu traumatismo superficial no tornozelo e no pé esquerdo, ao ser empurrada por um adolescente. Como é de sua rotina, ela se preparava para fechar o portão ao fim de mais um dia de aula, quando viu aglomeração, bem próxima à entrada. “Perguntei o que estava acontecendo e quando pedi para terem calma, uma das pessoas que estavam brigando me empurrou e caí”, lembrou ela.

A agente conta que a briga prosseguiu e pais de um aluno a levaram rapidamente para o hospital. A lesão resultou em cinco dias de afastamento do trabalho, o que pode se estender. “Vou ao médico novamente. Devo retornar na segunda-feira, mas acho difícil me recuperar até lá.”

Após quatro anos atuando em ambiente escolar, esta não foi a primeira vez em que a profissional vive situação violenta praticada por aluno. “Em 2016, estudante queria ir ao banheiro, mas ficava fechado. Perguntei se era urgente ou poderia esperar e ele começou a bater boca. Quando fui para a minha sala, ele deu um chute na porta. Alunos que estavam por perto o contiveram, do contrário, ele teria me agredido”, falou.

Após registrar a queixa na delegacia, a funcionária foi encaminhada para fazer exame de corpo delito.

O boletim de ocorrência foi registrado como lesão corporal culposa (quando há intenção). De acordo com o delegado titular do 2º DP, George Amauri Lopes, o prosseguimento ao caso depende da vítima. “Ela tem um prazo de seis meses para manifestar vontade de querer ou não a intervenção da polícia no caso”, explicou. A funcionária afirmou que seguirá com a queixa.

Em nota, a Secretaria estadual de Educação declarou que lamenta casos de violência como esse “que, infelizmente, refletem a sociedade em que vivemos”. Ainda segundo a Pasta, os pais dos estudantes envolvidos na briga foram notificados e convocados para reunião com professor responsável por mediar conflitos. “A diretoria da escola também solicitou maior circulação da Ronda Escolar na região da unidade, principalmente no horário de entrada e saída dos alunos”, concluiu.

 

 




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