O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), mantém tom misterioso sobre os nomes que ingressarão em seu secretariado a partir do próximo mês, por conta da eleição municipal de outubro. Ao todo, o verde precisará oficializar quatro trocas, uma vez que seus titulares José Augusto da Silva Ramos (PSDB), da Saúde, Marcos Michels (PSB), Educação, Gilberto Moura (PRP), Cultura, e Denise Ventrici (PV), Meio Ambiente, irão concorrer a cargos no Legislativo. Legislação prevê descompatibilização de secretários, que disputarão processo eleitoral, seis meses antes do pleito.

“Isso é uma definição que está sendo estudada e no momento certo avisarei”, discorreu Lauro, sem dar pistas.

Conforme apuração do Diário, o caminho a ser seguido pelo chefe do Executivo possivelmente é preencher as titularidades de seu primeiro escalão com nomes técnicos, já atuantes na administração municipal. Os profissionais que atuam como adjuntos e diretores do setor deverão ser alçados ao cargo máximo de seus setores, a partir de 1º de abril, até que o processo eleitoral seja encerrado.

Dessa forma, Lauro descartaria a hipótese de oferecer postos a partidos aliados em sua gestão, a fim de reforçar adesão ao projeto de reeleição. Comentou-se que o verde poderia negociar cargos com partidos que ainda não definiram posição, com vistas à sucessão municipal. Também cotado, o secretário de Esportes, Antônio Marcos Ferreira, o Marquinhos da Liga, não irá mais concorrer a cadeira no Legislativo, permanecendo no primeiro escalão.

QUADRO
A iminente mudança no governo diademense irá também trazer reflexos direto no panorama político, uma vez que os titulares Marcos Michels (PSB) e o ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos (PSDB) precisarão assumir seus postos na Câmara. Eleitos com folga em 2012, eles foram alçados, de imediato, por Lauro ao secretariado jamais exercendo função no Legislativo.

Marcos, que é primo do prefeito e recentemente migrou para o PSB, irá substituir Albino Cardoso (PV). Albino, inclusive, tem sido cortejado por partidos da oposição para ingressar em projeto contra o chefe do Executivo na eleição de outubro.

Já Zé Augusto entrará no lugar do atual líder do governo verde na Câmara, Atevaldo Leitão (PSDB). A tratativa no tucanato diademense ainda mantém muito suspense. Cacique tucano e mais votado no pleito passado, Zé Augusto fez inúmeros discursos internos rejeitando vontade em concorrer novamente a cadeira na Câmara.