Sem problemas e com amplo domínio, o São Caetano venceu o frágil Atlético por 2 a 0, em Sorocaba, e chega com moral para o clássico contra o Santo André, sábado, no Anacleto Campanella. O triunfo de ontem levou o Azulão aos 27 pontos e à vice-liderança da Série A-2. Os sorocabanos ainda ocupam a lanterna, com nove.

O clima para o duelo não parecia nem de longe aquele que precede um jogo de futebol, com torcedores cantando nas ruas. O São Caetano não é clube que arrasta multidões aos estádios – até ontem, tinha a 17ª média de público da competição, com 836 pagantes por partida –, mas os sorocabanos são caso à parte. A pior média de público – sem contabilizar a partida ante o Azulão, 212 presentes por jogo – trouxe consigo o silêncio constrangedor.

A primeira manifestação da torcida ocorreu somente aos seis minutos. E não foi para apoiar o time, mas sim para xingar o árbitro, que expulsou Chicão após ele acertar cotovelada em Daniel Costa.

De resto, só se ouvia o que acontecia em campo. O técnico Luís Carlos Martins deu suas primeiras instruções aos 13. Logo depois, chegou a pequena torcida azulina, que deu trilha sonora ao jogo.

Em campo, o domínio era do São Caetano. Superior tecnica e numericamente, o Azulão não deixava o Atlético respirar e morou no campo de ataque.

Aos 18, Jô cabeceou no travessão. Quatro minutos depois, o camisa 9 receberia passe na intermediária, mas Billy cortou mal e fez contra.

O Azulão ampliou aos 27, quando Matheus passou por dois e bateu rasteiro para definir – 2 a 0, resignando o técnico Márcio Bittencourt.

Na segunda etapa, o cenário não mudou e o São Caetano se manteve no campo de ataque, demonstrando que chega com moral ao clássico regional.

Para torcida, triunfo sábado é obrigação

‘Ganhar sábado é obrigação.’ Foi esse grito que encerrou a cantoria da torcida do São Caetano, ontem à noite, após a vitória por 2 a 0 sobre o Atlético Sorocaba. A importância do clássico contra o Santo André, para a torcida do Azulão, é nítida, e jogadores e técnico azulinos concordam que o duelo é especial. No entanto, discordam que vencer o confronto seja obrigação.

“Talvez esse grito seja de incentivo para nós. Sempre temos obrigação de fazer as coisas benfeitas. Sábado é um jogo dificílimo. É o dérbi da região. O Santo André também tem camisa e tradição, e queremos fazer grande partida”, afirmou o técnico Luís Carlos Martins.

“Vamos encarar como um jogo normal. Mas não acho que é obrigação. Como o treinador fala: ‘temos obrigação de tentar ganhar’”, destacou o atacante Matheus, autor de um dos gols no confronto em Sorocaba.

Sobre o duelo de ontem, Martins admitiu que mandou a equipe tirar o pé para evitar desgaste visando o clássico. “Não queria tomar cartões amarelos e ter lesões. Tudo dentro da normalidade”, explicou.