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Construção fecha 2010 com 43 mil trabalhadores
Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
09/03/2011 | 07:07
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O Grande ABC fechou 2010 com saldo positivo na construção civil: foram abertos 5.702 postos de trabalho. A região fechou o ano passado com o total de 43.341 trabalhadores no setor.

Mesmo com o balanço positivo, a pesquisa realizada pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) junto com a FGV (Fundação Getulio Vargas), mostra que em dezembro, 217 vagas foram fechadas.

"Fica difícil analisar a variação de um único mês. Provavelmente os postos fechados entre novembro e dezembro é reflexo de obras que foram terminadas e entregues, sejam elas públicas ou privadas. No fim do ano é comum que haja muitas entregas de obras", avalia a diretora adjunta da regional do SindusCon- SP, Rosana Carnevalli.

MUNICÍPIOS - Em dezembro, os únicos municípios que abriram oportunidades para o segmento foram São Caetano e Diadema, com 174 e 72 postos, respectivamente.

Santo André e São Bernardo foram as cidades com maiores saldos negativos, com redução de 91 e 275 vagas, respectivamente.

No ano, a cidade que mais gerou postos de trabalho foi São Caetano. Rosana justifica os 1.477 vagas aos vários lançamentos no município, em relação ao ano anterior. "Obras de infraestrutura na cidade também demandam de muita mão de obra."

Em termos de variação, Ribeirão Pires ficou com o maior índice no ano: de 159,13%, o que resulta na geração de 993 postos em relação a 2009.

PROJEÇÃO - Para Rosana Carnevalli, o ritmo do crescimento da construção civil neste ano deve ser mais "tímido", em relação a 2010. Isso porque, o governo federal tem aumentado os juros de forma continuada.

"Além disso tivemos o anúncio do corte no orçamento, que acabou tirando verbas que seriam destinadas ao projeto Minha Casa, Minha Vida, o que deve barrar muitas das construções que estavam previstas", comenta a diretora adjunta da regional do SindusCon- SP.

Apesar dessas medidas, o Grande ABC ainda é palco de muito lançamentos e obras já iniciadas, que serão entregues nos próximos anos.

"A região é privilegiada. Temos muita demanda ainda. A localização das sete cidades atrai a vinda de pessoas que precisam ter fácil acesso à Capital paulista e ao Litoral, por exemplo. É devido a esse cenário que nos últimos três anos temos elevado nosso desempenho no que diz respeito a construção civil", enfatiza.

Segmento contrata 319 mil no País

Mesmo com o fechamento de 84,5 mil postos de trabalho em dezembro, mês em que tradicionalmente há mais demissões que contratações, no ano de 2010 a construção civil brasileira abriu mais 319 mil novos empregos com carteira assinada. Trata-se de um recorde anual desde que a pesquisa realizada pelo SindusCon-SP .

"O emprego recorde reforça a expectativa de que a construção teve em 2010 o melhor de seus últimos anos, com um crescimento estimado de 11% no PIB do setor", comenta o presidente da entidade, Sergio Watanabe. "Foi um ponto fora da curva que não deve se repetir em 2011, ano em que estimamos crescer 6%", conta ele.

Com o resultado de dezembro, o nível de emprego cresceu cerca de 13% no acumulado de 2010. Com isso, o total de empregados formais na construção civil ficou em 2,775 milhões no fim do ano passado.

No Estado de São Paulo, mesmo com o fechamento de 12,2 mil postos de trabalho em dezembro, a construção terminou 2010 com a contratação de mais 56,1 mil trabalhadores, um aumento de 8,2%. Ao final de dezembro, a construção civil paulista empregava 739 mil trabalhadores.

Na capital paulista, foram desligados cerca de 6.000 trabalhadores em dezembro. Mesmo assim, o saldo positivo ficou em 21 mil contratações no ano. No fim de dezembro, encontravam-se empregados 342,1 mil operários no segmento.

No interior paulista, houve demissões em todas regiões administrativas em dezembro, exceto na de Bauru.

Mesmo assim, todas apresentaram mais contratações no saldo anual, com exceção da de São José dos Campos, que fechou 1.900 vagas.

(da Redação)




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