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Comédia Stand-up
Por Roseane Castilho
Especial para o Diário
09/03/2008 | 07:00
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Ingressos vendidos, platéias lotadas. Nos últimos anos, o público brasileiro vem presenciando o crescimento, nos palcos, de um antigo gênero da comédia norte-americana, até então com pouco espaço por aqui: o stand-up comedy.

O estilo é bem diferente do que os brasileiros estão acostumados a entender como comédia. Diferente do comum, o stand-up passa longe de personagens, figurinos e cenários elaborados.

O gênero se resume a um comediante, um palco e um microfone (às vezes, também, um banquinho). O artista se apresenta com roupas do dia-a-dia e não ‘veste’ nenhum personagem.

Os textos são baseados no cotidiano do próprio autor e, muitas vezes, também são pautados por assuntos em destaque na mídia.

É nesse ponto que se pode perceber que o segredo para o sucesso humorístico é bem mais subjetivo do que as grandes produções ou as piadas manjadas.

Criado em 2005, o Clube da Comédia Stand-Up foi um dos pioneiros nesse movimento. Hoje, o elenco é formado por Rafinha Bastos, Danilo Gentili, Marcela Leal, Oscar Filho e Marcelo Mansfield.

Nascido do simples encontro de um grupo de interessados no estilo, é, atualmente, um dos grandes destaques do cenário.

Com casas sempre lotadas e um sucesso surpreendente, a nova geração da ‘comédia em pé’ tem arrancado boas gargalhadas do público durante todo o show.

HISTÓRIA

O stand-up comedy foi criado na Inglaterra, mas foi o público norte-americano que tomou gosto pelo gênero. Comediantes como Jim Carrey, Eddie Murphy, Woody Allen, Whoopy Golgdberg e Chris Rock tiveram suas carreiras iniciadas em bares e casas noturnas com shows de ‘comédia em pé’.

A primeira tentativa de introdução do estilo no Brasil aconteceu por volta dos anos 1970, com o comediante José Vasconcelos, que fazia o estilo conhecido como one man show, bem próximo ao stand-up, mas que permite outras abordagens, como a utilização de personagens e cenas. Outros comediantes tentaram emplacar o gênero no País, como Chico Anysio e Jô Soares.

Mas a difusão aconteceu de forma mais intensa com programas norte-americanos, como o Saturday Night Live e, principalmente, o seriado Seinfeld, com o comediante Jerry Seinfeld, que continua sendo um ícone para os humoristas brasileiros.

SUCESSO

O grande boom por aqui foi impulsionado pela internet. Sites pessoais e vídeos espalhados por sites como YouTube geraram um grande contingente de fãs.

De acordo com Rafinha Bastos, seus vídeos já foram vistos por cerca de 6 milhões de pessoas. “Mas a internet é uma faca de dois gumes, porque pode também prejudicar o meu trabalho”, afirma. Muitas vezes, os autores perdem a ‘piada’ devido à divulgação não autorizada de trechos de espetáculos.



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