O treinador Dorival Júnior comemorou a vitória no clássico de ontem contra o Corinthians, mas fez alertas do que ainda quer ver de evolução na sua equipe para a sequência da temporada. Para o técnico santista, o time afrouxou a marcação na etapa final e chamou o rival para o seu campo, correndo riscos contra adversário que não assustou o goleiro Vanderlei antes do intervalo.

“Resultado é fundamental, por tudo aquilo que o campeonato exige, por uma sequência melhor na temporada. Fizemos uma boa partida, dentro de um equilíbrio. Mas, no segundo tempo, o Corinthians trabalhou bolas na frente da nossa área, porque a marcação deixou de ser agressiva. Corremos risco desnecessário”, analisou.

Questionado se o time já chegou ao nível de desempenho do segundo semestre de 2015, Dorival deixou claro que na sua opinião a equipe está longe de ser aquele que foi finalista da Copa do Brasil.

“Ainda não é a equipe que queremos ver. Sou realista. A equipe ganhou corpo em alguns quesitos, principalmente o trabalho com bola. Mas não encontramos velocidade de contra-ataque. Fizemos jogada desse tipo, mas as demais demoraram a sair. Espero que continuemos crescendo. Precisamos melhorar muito para alcançar o nível que apresentamos (no segundo semestre de 2015). Precisamos melhorar compactação, marcação. Para, com a posse de bola, jogar com as qualidades que possuímos”, finalizou.

O Santos se reapresenta hoje à tarde, no CT Rei Pelé. No sábado, às 18h30, sem Lucas Lima, suspenso, o time da Baixada Santista será mandante do confronto diante do Água Santa, no Pacaembu.

Goleador, Ricardo Oliveira desabafa

Autor dos dois gols da vitória santista no clássico de ontem, o centroavante Ricardo Oliveira desabafou na saída do campo. O jogador protagonizou negociação com o futebol chinês e, após deixar o campo no intervalo da derrota para o Red Bull, chegou a ser dúvida para o jogo diante do Corinthians.

“Está no meu sangue, não existe, de forma alguma, eu entrar em uma partida desmotivado, sem dar o meu melhor. O torcedor sempre demonstrou todo o apoio, toda a torcida, e sabe que eu, quando visto a camisa, dou o meu melhor. É uma pena que, às vezes, as coisas não dão certo. Mas, com o apoio deles e com o trabalho coletivo eficiente, conseguimos bater umas das equipes, para mim, mais difíceis do campeonato”, analisou.

Ovacionado pela torcida do Santos desde o aquecimento do time, o camisa 9 mostrou que não sente os grandes jogos. Desde que retornou ao Santos no início de 2015, ele anotou 15 gols em 18 clássicos disputados, números que o levaram de volta à Seleção Brasileira.

Torcidas estendem faixas em protesto à FPF e à TV Globo

Pouco antes do fim do primeiro tempo, enquanto o Santos vencia parcialmente o clássico, o jogo dentro de campo ficou em segundo plano. As duas torcidas aproveitaram um momento morno da partida para protestar. Faixas foram abertas nas torcidas organizadas dos dois times com dizeres como “Ingresso caro, arquibancada vazia”, “Globo, o monopólio acabou” e “FPF: Federação de palhaçada e falcatrua”.

No intervalo da partida, uma movimentação de dirigentes e policiais tentou fazer com que as faixas fossem retiradas, mas isso só inflou os torcedores, principalmente do lado dos corintianos, que partiram para os xingamentos e mantiveram os protestos contra a Federação Paulista de Futebol e a TV Globo.