Wendell Lira foi reverenciado na festa da Fifa, segunda-feira na Suíça, pelo gol antológico que marcou pelo Goianésia contra o Atlético-GO pelo Campeonato Goiano. O que passou despercebido, porém, foi a assistência que permitiu a conclusão do lance em espécie de voleio. E o passe foi de Adriano da Matta, que nasceu em Santo André, mora em Diadema e agora defende o Aparecidense-GO.

Longe dos holofotes, o jogador disse que não se incomoda por ter ocupado papel de coadjuvante. “Fiquei feliz pelo Wendell. Ainda bem que ele fez, porque passe sem gol não é assistência. Ainda mais uma conclusão como aquela”, lembra Adriano. “Nunca imaginei que o lance iria tão longe, ainda mais por time pequeno”, acrescenta.

O meia ainda não reencontrou o amigo depois da repercussão mundial que o lance ganhou, mas projeta conversa para os próximos dias. “Vi que o Wendell chegou hoje (ontem) a Goiânia (leia abaixo). Como também estou jogando aqui vou esperar um pouco e depois darei um abraço nele, porque foi merecido”, conta.

Apesar de conhecido na região central do Brasil, Adriano nunca teve oportunidade de atuar no futebol paulista. Revelado na base do São Paulo, chegou a disputar a Segunda Divisão do Campeonato Paulista – que equivale à Quarta Divisão – pelo Palestra de São Bernardo, depois foi para o Paraná, passou por times pequenos da Espanha e Itália, antes de chegar ao Luverdense-MT, que detém seus direitos federativos.

“Nunca houve um convite para atuar nos times do Grande ABC. Joguei no Palestra e depois saí do País. Seria uma ótima oportunidade jogar ao lado dos meus familiares que moram na Vila Conceição, em Diadema. Eles só me viram em campo pelo Palestra, ainda na base. Mas quem sabe um dia”, projeta o meia, 27 anos, que mantém residência fixa em Diadema e sempre que pode volta para ver os amigos.