Política Titulo Pouca tradição
Em meio à construção de maior número de candidaturas na região, PSDB desafia retrospecto fraco
Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
21/09/2015 | 07:00
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A praticamente um ano da eleição municipal, o PSDB desponta com projeção de lançar ao menos cinco candidaturas na corrida pelos comandos dos Paços da região. Embora entre na disputa favorito, a sigla terá pela frente amplo retrospecto negativo nas sete cidades.

Na concorrência desde 1988 – mesmo ano de sua criação –, o tucanato lançou 29 candidatos no Grande ABC e só viu cinco triunfarem. O PT, por exemplo, contabiliza 22 vitórias.

Os êxitos tucanos ficaram restritos a São Bernardo e Rio Grande da Serra. O município, inclusive, é o responsável pela legenda conseguir registrar 17% de aproveitamento na disputa política. Foram quatro vitórias (1992 – José da Cruz Teixeira; 2004 e 2008 – Adler Kiko Teixeira; 2012 – Gabriel Maranhão). No território são-bernardense, o triunfo ocorreu com Mauricio Soares, em 1996. Hoje ele está no PT.

A legenda já esteve no comando de duas administrações sem ganhar o crivo das urnas. Em São Caetano, durante a gestão 1993-1996, o prefeito Antônio Dall’Anese migrou para o tucanato após vencer pelo PTB. No território mauaense, José Carlos Grecco, também chefe do Executivo entre 1993 e 1996, se filiou no PSDB depois de sido eleito defendendo o PMDB.

Nesses municípios há algumas das maiores apostas da sigla. Em São Caetano, o ex-prefeito José Auricchio Júnior vai encabeçar projeto pela disputa do Paço, hoje nas mãos do rival Paulo Pinheiro (PMDB). Já em Mauá, a candidatura será representada pelo ex-prefeito de Ribeirão Pires Clóvis Volpi, que depois de mais três décadas disputa cargo no município – ele foi vereador em Mauá.

As outras apostas do partido são o ex-vereador Paulinho Serra, em Santo André, que retorna o partido depois de três anos, o deputado estadual Orlando Morando, que tentará pela segunda vez o Paço de São Bernardo, além da candidatura de reeleição de Maranhão, em Rio Grande da Serra.

O número de candidaturas da legenda repete o maior índice já lançado pela legenda: cinco, também ocorrido em 2008. Neste pleito, somente Diadema – sigla vai apoiar reeleição do prefeito Lauro Michels (PV) – e Ribeirão Pires não devem ter nomes na concorrência.

“A diferença é que este time está mais forte do que o de 2008. Além disso, o nosso partido vem com votação recorde do ano passado. O que nos faz acreditar em bom resultado”, argumentou o coordenador regional da legenda, Márcio Canuto. Na eleição de outubro, o PSDB ficou à frente do PT na disputa por cargos majoritários.

O tucano reconhece que o histórico desfavorável é proximidade da região com o petismo. “O Grande ABC é o berço do PT. Ao longo dos anos a sigla cresceu muito e nos dificultou prosperar. Hoje, estão fragilizados.” 




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