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Mais de 300 mil já morreram em conflito no Sudão, dizem britânicos
Por Da AFP
29/03/2005 | 17:30
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Cerca de 300 mil pessoas foram mortas no massacre de Darfur (Sudão), segundo um informe parlamentar britânico divulgado nesta quarta-feira. O documento critica o fato de se "subestimar grosseiramente" o número de mortos.

O número de vítimas é "várias vezes superior" aos 70 mil divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), disse o presidente da comissão da Câmara dos Comuns sobre o Desenvolvimento Internacional, Tony Baldry. Para ele, o número "não é mais do que uma estimativa mínima".

Segundo um último número das Nações Unidas, divulgado em 14 de março, o conflito de Darfur havia causado 180 mil mortos nos últimos 18 meses.

Depois de acusar a comunidade internacional de ter dado uma "resposta escandalosamente ineficaz" ao problema, o informe dos deputados britânicos afirma que os crimes cometidos no Sudão pelas milícias árabes pró-governo contra a população de Darfur "não são nem menos graves, nem menos odiosos, do que um genocídio".

"Darfur é um teste real para a comunidade internacional e para a civilização no início do século XXI e se não pudermos resolver essa situação, isso é um mau presságio para o milênio", insistiu o deputado trabalhista Tony Baldry.

"O governo britânico está determinado a fazer com que os responsáveis por estes crimes contra a humanidade respondam ante o Tribunal Penal Internacional, já que pensamos que o TPI é a corte apropriada", acrescentou.

Segundo um porta-voz das Nações Unidas, o número de pessoas deslocadas pela guerra civil em Darfur, no oeste do Sudão, já chega a 2,4 milhões.

O conflito em Darfur opõe desde fevereiro de 2003 as forças governamentais sudanesas e as milícias árabes aos dois principais grupos rebeldes na região. Esses movimentos reclamam uma melhor distribuição das riquezas na região, que é do tamanho da França.




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