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Praça tem mato alto e abandono

Consumo de drogas e sujeira também estão entre as reclamações dos moradores do entorno de área verde, localizada no Parque Marajoara

Yago Delbuoni
Especial para o Diário
09/03/2015 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Área verde que deveria ser sinônimo de lazer e tranquilidade para a população do Parque Marajoara, em Santo André, virou retrato do abandono, com mato alto, sujeira e concentração de usuários de drogas. A Praça Roque José Orsate, localizada entre as ruas Gunnar Vingren, Daniel Berg e Glauber Rocha, precisa de manutenção urgente.

Morador do bairro desde que nasceu, o desempregado Bruno Santori, 23 anos, afirmou que a quadra poliesportiva e a pista de caminhada já estiveram em melhores condições. “Nunca vi o mato dessa altura, assim não dá para frequentar.”

Morador da Rua Gunnar Vingren há 25 anos, o operador de máquina David Carneiro de Moura, 48, lembrou que o filho – que agora tem 22 anos – aprendeu a jogar bola na quadra do local, e a situação atual do espaço o deixa triste. “A gente fica chateado com o estado da quadra. O piso está irregular, as traves dos gols não estão bem cuidadas. A praça era o lazer dos moradores daqui.”

Outra vizinha que reclama da área verde é a auxiliar administrativa Maria Gorete Secolo de Moura, 50. Ela diz que, devido a presença de usuários de drogas, sua casa ficava com mau cheiro. “Há algum tempo havia uns bancos onde o pessoal ficava fumando e o cheiro vinha direto para dentro de casa. Agora que tiraram os bancos mais próximos, melhorou neste aspecto, mas o abandono continua.”

Maria Gorete pede à Prefeitura a instalação de aparelhos para exercícios. “Para quem mora perto, seria bom ter a opção”, falou.

INFESTAÇÃO

Devido ao mato alto, a auxiliar administrativa se queixa da entrada de animais em casa. “Aparece de tudo: barata, rato, mosquito. Se o mato estivesse limpo, seria muito melhor”, afirmou.

A falta de segurança também é reclamação dos moradores. O aposentado e morador da Rua Gunnar Vingren, Edmilson Carlos Lopes, 56, já pediu a implantação de uma base da GCM (Guarda Civil Municipal) a fim de evitar a concentração de dependentes químicos no espaço. “Não vemos policiamento por aqui. À noite não tem como dormir, tem gente empinando moto e fazendo muito barulho.”

Lopes disse que a praça traz sensação de insegurança ao bairro. “Os que estão nela observam os moradores e sabem da nossa rotina, horário de chegada e partida”, disse.

A reportagem do Diário flagrou o consumo de entorpecentes no local durante a tarde. Lopes disse que a cena é corriqueira. “Isso acontece 24 horas, para quem quiser ver. É mais fácil a polícia enquadrar os moradores que os que estão consumindo drogas na praça”, reclama.

Segundo o aposentado, a última vez que o mato foi capinado na área foi há quase quatro meses.

Por meio de nota, a Prefeitura de Santo André informou que os trabalhos de roçagem na Praça Roque José Orsate serão executados nesta semana.  




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