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Almanaque lista animações
Por Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
11/04/2010 | 07:02
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Os desenhos animados têm marcado diversas gerações. Não à toa fazem parte de grande parte da infância e, por que não, de toda a nossa vida. Com o objetivo de catalogar essa divertida lembrança foi lançado Animaq - Almanaque dos Desenhos Animados (Matrix Editora, R$ 45, 320 páginas), que tenta traçar um panorama do gênero no Brasil.

"Fizemos um almanaque com um estilo de enciclopédia de A a Z", explica o jornalista Paulo Gustavo Pereira, responsável pelo projeto. "Quis reunir todos os seriados animados que passaram por aqui desde 1950 (quando a televisão chegou ao País) até hoje e tentar não deixar nenhum de fora."

O complicado levantamento demorou cerca de dois anos para ficar pronto e nasceu durante as pesquisas realizadas para o Almanaque dos Seriados (2008), do mesmo autor. No período, ele encontrou um site no qual existiam informações de uma grande gama de animações e resolveu guardá-lo para mais tarde. Quando a ideia foi aprovada, iniciou nova jornada atrás das mais diferentes atrações.

É possível conhecer um pouco sobre a octagenária Betty Boop, criada na década de 1930, mas que chegou às telas brasileiras em 1988 com o filme Uma Cilada Para Roger Rabbit, no qual faz participação. Outra curiosidade fica em torno da dupla Jambo e Ruivão, de 1957, tido como desenho precursor dos estúdios Hanna-Barbera.

Doze anos mais tarde nasceria uma das franquias de maior sucesso no ramo: o carismático cachorro Scooby-Doo. Além dos desenhos, o personagem já rendeu games e filmes para o cinema.

Na década de 1980, chegaria às telinhas as confusões de Os Simpsons. A aprovação do público é tamanha que não há planos para dar fim às suas temporadas. A trama envolvendo caçadores de recompensa em um mundo futurista - além da brilhante trilha sonora jazzística - deu fama ao animê Cowboy Bebop.

Os quase oito meses que foram precisos para escrever Animaq dividiram as emoções de Pereira. "Me deixou alucinado no ano passado, mas foi um trabalho muito divertido."

Aos 51 anos, recorda das primeira vezes em que teve contato com os desenhos animados, quando tinha entre 5 e 6 anos. Uma de suas principais lembranças é de juntar-se ao pai para acompanhar as aventuras de Jonny Quest (1964) nos sábados à tarde.

Além de ser um guia para os fãs, o livro é cercado por um forte apelo emocional. Cada atração mostrada faz com que o leitor volte no tempo e relembre a época em que assistia à determinada animação. "Tive reações diferentes de diversas pessoas com o livro. É divertido observar como cada um lida com essas emoções", diz Pereira.

O jornalista recomenda que todos acompanhem desenhos animados e avisa: "Quem não assistiu a desenhos e não viveu bons momentos em frente à televisão, ou é serial killer ou se tornou político em Brasília." Fica o alerta.




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