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Lucro do BNDES deve cair este ano
01/12/2009 | 07:00
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O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, disse ontem que o lucro da instituição em 2009 pode ultrapassar os R$ 4 bilhões. Embora o resultado em 2008 tenha sido de R$ 5,3 bilhões, ele afirmou que o resultado do banco este ano será "um pouquinho menor" do que o do ano passado.

"Ainda não posso falar, falta um mês para o banco terminar o ano, mas estamos certos de R$ 4 bilhões. Pode ser que a gente ultrapasse isso", disse Coutinho, ressaltando que dava "números imprecisos". O presidente do BNDES afirmou também que a emissão de debêntures da BNDESPar, de R$ 1 bilhão, vai ajudar a estimular o mercado de capitais no País.

Para ele, as empresas poderão encontrar na emissão uma referência para utilizar as debêntures como uma forma de financiamento. Isso, na prática ajudaria a diminuir a demanda de recursos a serem disponibilizados pelo banco.

"A oferta de debêntures é importante porque as do BNDES são de referência, têm prazo longo e ajudam a formar os juros das debêntures do setor privado", destaca Coutinho.

O executivo ressaltou que a emissão da BNDESPar não tem como objetivo gerar caixa para o banco. Segundo ele, a intenção é mesmo incentivar o mercado de capitais. Ele frisou que a oferta é pequena, e isso demonstra claramente este objetivo.

FINANCIAMENTO - Coutinho assinou no início da tarde um convênio com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que aumentará a participação do banco nos projetos da instituição. O banco já aplicou este ano R$ 30 milhões do Funtec, a fundo perdido, nos projetos da Fiocruz. Os recursos da Funtec vêm de uma fração de 0,5% do lucro do banco.

Nos próximos cinco anos, a FioCruz quer arrecadar cerca de R$ 1 bilhão para a produção de vacinas contra dengue e malária, além de concluir a instalação de pólos tecnológicos em Minas Gerais e no Ceará, por exemplo. Atualmente, por conta do modelo jurídico, a fundação enfrenta restrições para captar dinheiro da iniciativa privada e do BNDES.

"Queremos ver a possibilidade de fechar parcerias com instituições da área pública ou privada para alavancar empréstimos que não sejam só os não reembolsáveis", explica o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.

Segundo ele, a instituição já está discutindo mudanças em seu modelo jurídico para poder buscar novas formas de financiamento. Por meio da parceria com o banco de fomento, a FioCruz também vai auxiliar na definição de critérios para o desembolso de recursos para empresas na área de saúde.

A ideia é que com sua experiência, a Fiocruz ajude o banco a escolher projetos de acordo com a necessidades do País. Coutinho diz que do ponto de vista empresarial há interesse do banco nesses projetos.




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