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Tudo em cima: descubra como escolher o sutiã certo

Comprar sutiã não é tarefa fácil e exige paciência; confira dicas dos especialistas.

Por Bruna Gonçalves
Do Diário do Grande ABC
12/01/2014 | 07:00
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Divulgação


Bianca Cantero, 18 anos, de São Bernardo, conta que comprar sutiã não é missão fácil. Até os 16, tinha dificuldade para encontrar lingerie tamanho 50. “Não escolhia modelo nem cor, porque existem poucas opções com essa numeração. Além disso, ficava larguinho nas costas.” Após fazer cirurgia de redução de mama há um ano e meio, a garota passou a usar 44. Mesmo assim, é difícil. “Alguns ficam apertados no fecho e bons no busto. Por isso, costumo ir a lojas que tenham peças com o tamanho das costas e taças diferentes.”

Comprar sutiã, definitivamente, é bem complicado. Você já se perguntou o que é preciso para encontrar o modelo ideal? O D+ conversou com especialistas e esclareceu as dúvidas de uma vez por todas. Em geral, a medida usada pelos fabricantes é da circunferência das costas, que varia do 38 ao 52. Mas existem diferenças entre a numeração das marcas. Algumas oferecem modelos, cujo tamanho da taça varia de A a D, da menor para a maior (veja abaixo como descobrir qual é o seu).

Além disso, há vários tipos, cores e tecidos no mercado, o que tem importância na hora da compra, mas não é o essencial para definir a escolha. “O sutiã precisa estar de acordo com o biotipo e proporcionar conforto no dia a dia da mulher. O tamanho correto da lingerie ajuda ainda a dar bom caimento na roupa”, afirma Gaíta Mello, gerente de produto da Hope.

Sentir incômodo ou quando a peça marca as gordurinhas são sinais de que algo está errado e, provavelmente, está relacionado à escolha do modelo ou tamanho. “O elástico que envolve o tronco é o responsável pela sustentação e não pode estar frouxo nem apertado. O fecho deve ser preso no meio. Não dá para aparecer a parte inferior dos seios nem deixá-los achatados”, diz Gaíta. A especialista afirma que as alças não devem estar apertadas marcando os ombros. As de silicone – febre no passado – caíram em desuso e devem ser evitadas, pois podem dar alergia.

Em relação ao tecido, opte pelos leves, como microfibra, que não impede a transpiração. No armário, tenha três cores básicas (preto, bege e branco), além de estampado e colorido. Os modelos meia-taça, tomara que caia e nadador são fundamentais. É importante ainda fazer rodízio das peças para conservá-las. “O sutiã tem vida útil, dependendo da qualidade e do armazenamento, de seis meses a um ano”, ressalta Bia Kawasaki, consultora de moda e personal stylist.

PREJUDICA A SAÚDE
A escolha errada do sutiã pode causar problemas de postura e dores. “Para evitar, é preciso que a faixa no tórax fique reta, tanto abaixo dos seios quanto nas costas”, diz Renato Pupin, fisioterapeuta do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral de Uberlândia, Minas Gerais.

O especialista afirma ainda a importância de variar os modelos. “O uso prolongado de um mesmo tipo de alça pode gerar problemas circulatórios. Isso ocorre, principalmente, para quem usa tamanhos menores do que deveria, podendo levar a problemas de coluna e respiratórios, por causa da compressão do diafragma.” Para quem tem seios grandes a dica é optar pelo nadador ou com alças mais grossas. “Dão maior estabilidade e sustentação, pois com o excesso de peso o tronco tende a curvar.”

 

TIPOS
Meia-taça - Modelo para todo biotipo, principalmente para quem tem seios médios ou grandes. Com aro e bojo, modela e sustenta. Sutiã de tule com cetim da Hope (R$ 109).

Push-up - Tem volume interno extra. Em alguns modelos, o enchimento pode ser removido. Ideal para seios pequenos e separados. Sutiã em microfibra da Renner (R$ 22, 90).

Nadador - Com o fecho na frente, é indicado para todas, em especial, para quem tem seios grandes. As alças distribuem o peso nos ombros. Sutiã listrado da Renner (R$ 25,90).

Tomara que caia - Modelo sem alças para sustentar os seios. Com ou sem enchimento. Para seios grandes, precisa ter laterais grossas que sustentem o volume. Sutiã da Hope (R$ 110).

Top - Confortáveis, porque não possuem fecho. Há modelos com e sem bojo. Opção para usar com transparência ou durante exercício. Sutiã da Hering (R$ 35).

 

 A escolha do biquíni - Assim como acontece com sutiãs, é preciso calma para escolher biquínis. A dica é usar o bom-senso e levar em consideração o seu biotipo, já que são peças que expõem mais o corpo. “Precisam atender às necessidades e deixar confortável”, explica Bia Kawasaki, consultora de moda e personal stylist. Se acha que está fora do peso aposte em sutiã e calcinha com alças largas. “Biquíni apertado ou marcando as dobrinhas é feio e não valoriza o corpo”, diz Gaíta Mello, gerente de produto.

O estilo cortininha é indicado para quem tem busto pequeno ou médio. Para os maiores, use meia-taça, com mais sustentação. “Tomara que caia pode ser usado desde que tenha lateral reforçada. Os modelos torcidos e finos na lateral são indicados para quem tem pouco seio”, diz Gaíta. Atenção às cores e estampas, elas também influenciam o look.

Calcinha e cueca – Preste atenção ao comprar calcinhas. “Antes de mais nada, não pode incomodar”, ressalta Bia Kawasaki. Leve as com tecidos que facilitam a ‘respiração’ da vagina. Além das feitas com algodão, o mercado oferece modelos de modal (tipo de fibra) e microfibra. “Muita renda, bordado e estampa em alto relevo devem ser evitados no dia a dia. Podem fazer volume na região. Cuidado também para não marcar a silhueta.”

Para os garotos, o conforto também deve ser o mais importante na hora de comprar cueca, seja do modelo tradicional ou boxer. “Muitos preferem a boxer por não marcar e apertar, principalmente ao usar calça mais justa”, observa a consultora. Se curte bermuda ou calça caída, atenção com o exagero e o tipo da peça íntima que está sendo mostrada. Também tome cuidado para não pagar cofrinho. É o maior mico!




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