Um tiro arrancou o globo ocular e parte do nariz do técnico em eletrônica Bruno Neves Teixeira, de 26 anos, que perdeu a visão do olho esquerdo. Segundo a família do rapaz, ele foi baleado por policiais civis na noite de segunda-feira, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, quando ia buscar a noiva na faculdade, em seu carro, um Gol branco.

O técnico teria sido confundido com um criminoso porque desviou do cerco policial. “É uma área de risco, não sei ainda porque ele (Teixeira) deu marcha a ré, mas isso também não justificaria a ação dos policiais. Vamos ouvir todos e chegar à verdade”, disse o delegado Marcos Cipriano de Oliveira, responsável pelas investigações e titular da 34ª delegacia.

A polícia não sabe ainda se o tiro foi disparado durante a perseguição ou com o carro já parado. A administradora de empresas Dália Teixeira, 50 anos, disse que o filho ultrapassou dois carros e entrou na rua da universidade. “Eles (os policiais) foram atrás. Ele botou o rosto para fora e a polícia atirou. Saiu com as mãos para o alto e continuaram atirando”, disse ela.

Dália disse que perdoa o policial que atirou. “Já rezamos por ele.” Filho único e funcionário de um banco privado, Teixeira está estudando para prestar concurso para a Petrobras. Ele foi baleado perto da unidade da Universidade Estácio de Sá em Bangu, onde a namorada estuda.