A duas semanas da grande final, o Big Brother Brasil, reality show da Globo, apresenta sinais de cansaço. Embora a audiência continue na casa dos 50 pontos, excelente média para o horário, como aconteceu na noite de terça-feira, o número de votos em dia de eliminação despencou. No 9º paredão da atração, a dançarina pernambucana Karla deixou a casa com 76% de rejeição numa noite em que os computadores da Globo registraram cerca de 10 milhões de votos. Só para ter uma idéia, no dia em que o paredão foi protagonizado por Rogério e Sammy a atração registrou participação popular de 31 milhões de votos, enquanto 29 milhões de manifestações foram as responsáveis pela eliminação da VJ Natália.

Números a parte, a saída de Karla determinou de vez o fim da “tropa de choque”, literalmente exterminada semana a semana pelo grupo discretamente liderado pelo professor baiano Jean. Quem levou a melhor foi o engenheiro Alan. A aproximação com o grupo do professor, e o romance com a miss Grazielli, fizeram o mineiro cair nas graças do pessoal da casa e, principalmente, do público. Mas que Alan não se engane. Se não ganhar a liderança nesta quinta-feira à noite, o mineiro deverá disputar mais um paredão na próxima terça-feira, dia 22.

Assim que saiu da casa, Karla afirmou que pressentia a eliminação. “A gente sempre espera que vai sair. Fiquei dois dias muito ansiosa. Indiretamente eu fiz parte de um grupo, mas todos meus votos foram conscientes, nem sempre fiz o que os meninos mandavam eu fazer”. Na reta final do jogo, a pernambucana torce por Pink. “Ela é uma pessoa muito especial”.

Últimos dias – Depois de 66 dias no ar, o resultado do BBB5 parece cada vez mais previsível. Tudo indica que as próximas vítimas de Grazi, Pink e Jean serão Alan, considerado até hoje um alvo natural, e Sammy, por ter se revelado um dissimulado de primeira. Mas tudo pode mudar e surpreender o telespectador caso um dos dois seja o líder da semana. A partir de agora, muda também o processo de imunização determinado pelo anjo. Nesta sexta-feira, quem for o anjo fica automaticamente livre do paredão – os competidores ainda não sabem disso.

Talvez por essa facilidade que o público tem de prever o que acontecerá na “novela da vida real” o jogo esteja se tornando tão desinteressante. Com a saída de todos os maus, não há bandidos a serem perseguidos e punidos. Uma casa do bem pode ser muito inspiradora e até divertida, mas o mais comum é que caia na chatice mesmo.